sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Livro Novo!

O último sorteio do ano foi uma grande surpresa pra mim, tivemos muitos participantes e as visitas ao blog bateram novo recorde! Gostaria de agradecer a companhia de todos os envolvidos durante este ano e espero contar com vocês em 2012 também. Alguém já tentou contar as 30 páginas por algum tempo?

Nosso clube do livro ficou batizado como Os Envolvidos e todos estão convidados a fazer parte dele. Nosso encontro ainda não está certo, entre os dias 15, 21 e 28 de janeiro. Peço que vocês escolham o melhor dia para vocês. Lembrando também que teremos que ler o Memória de minhas putas tristes até lá.

Quem não vai precisar comprar ou procurar o livro será a envolvida e comadre Keylla Amelotti! Ela já ganhou dois livros neste fim de ano, um no amigo envolvido oculto e outro de presente de Natal. Acho que o Papai Noel passou realmente pela casa dela. Imagino ainda que ela esteja lendo muitas páginas por dia...

Estou curtindo meu presente do amigo oculto até hoje, A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera. Gosto cada dia mais dele. Por cauda disso, só estou no comecinho do livro do clube. E vocês, já começaram a ler? Estão gostando?

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Ano Novo - do Brasil


* Clique na imagem para ampliar.
Meu abraço apertado a todos os meus envolvidos...
Boas Festas!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Não sei se choro ou comemoro...

Consegui completar 365 dias de 30 páginas, ou seja, 10.950 páginas lidas. Mas isso também significa que estou 6 meses atrasada... puff... Ainda tenho fé de que conseguirei pagar todo o meu débito, por maior que me pareça essa projeção aritmética. Agora temos clube do livro, sorteios e sempre envolvidos muito especiais! Chegarei lá!

Junto com essa minha "conquista", deixo novidades quentinhas pra vocês:
1. Tem uma barrinha nova, bem abaixo do título do blog com categorias;
2. O "Início" mostra todas as postagens, comentários, contadores de páginas e débito, blogs que acompanho, e muito do que vocês já conheciam;
3. Os "Livros envolvidos" exibem a lista de livros que já li e tem também um link que leva vocês pro blog só com os títulos dos livros, para que vocês possam comentar em cada um deles. Ficou parecendo minha estante pessoal. Espero que gostem!
4. Como tudo começou retorna à primeira postagem do Envolva-se, para relembrar ou para os envolvidos novatos terem uma ideia de porque este blog foi criado;
5. Continuo deixando como "Motivação" um trechinho do Amyr Klink, para que eu tenha disciplina com as minhas 30 páginas.

Obrigada pela companhia dos veteranos e dos novatos.... sem vocês, eu já teria desistido...
Agora deixa eu ler mais umas 30 páginas, pra variar!


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O último do ano, primeiro do nosso "clube do livro"

Durante a confraternização de amigos envolvidos ocultos, discutimos a possibilidade de se criar um "clube do livro" para o blog. A ideia inicial é marcarmos uma reunião mensal (não virtual) para conversarmos sobre um livro escolhido pelo grupo.

O primeiro livro sugerido pelas envolvidas foi Memória de minhas putas tristes, de Gabriel García Márquez, que será o mesmo do último sorteio deste ano, no dia 30No ano em que completa os seus noventa anos, o autor-narrador destas memórias decide se presentear com uma noite de amor com uma adolescente virgem. E é assim, sem rodeios, que Gabriel García Márquez apresenta a história do velho jornalista que escolhe a luxúria para provar a si mesmo, e ao mundo, que ainda está vivo.


Para participar deste sorteio, sintam-se livres para deixar recadinhos de final de ano, sugestões de livros para o verão, críticas, reclamações. Tudo o que quiserem! E eu agradecerei muito àqueles que aparecerem com boas ideias de "nome" para o nosso "clube do livro". Pretendo batizá-lo em janeiro, quando nos encontraremos, no dia 15 ou 21 (me digam o que será melhor para vocês, por favor!).


Eu havia dito que anteciparia o sorteio e peço desculpas. Houve um problema com o pedido do livro nos distribuidores por causa do recesso de Natal e Ano Novo. Mas ele chega para o sorteado até o dia 5 de janeiro.  Meninas, e interessados em entrar para o clube do livro, que queiram encomendar o livro na D'Plácido, vocês poderiam ligar rapidinho lá? Ou vejam se encontram exemplares na Biblioteca Pública Luiz de Bessa, opção mais barata e não menos válida.

Boa sorte pra todo mundo!

A causa é boa!

Sabe quando a gente não imagina que uma coisa pode dar muito certo?! Pois é! Ontem tivemos a nossa confraternização de amigos ocultos e eu só tenho a dizer que fiquei extremamente satisfeita e feliz com o resultado. Os presentes foram escolhidos com muito carinho, entre muitas apresentações e conversas sem fim. Fora que eu ainda pude ver a vontade de manter o grupo, de juntar os envolvidos, surgindo sem que a proposta partisse de mim! Perfeito! Sinal de que a minha causa é boa!

Obrigada a todas vocês, Camila, Airí, Keylla, Leiliane, mãe, Marcella, Nat, Poly e também ao Marcelo! O envolvimento com a leitura e com a vida é uma busca minha, que tem alcançado resultados que eu nem imaginava. Graças a vocês, mais do que envolvidos e também a todo o pessoal da Livraria D'Plácido!

Digam, por favor, o que acharam! Fiquem a vontade para críticas, reclamações, pedidos, sugestões...


 Imagens: docinhos Balão Azul, que alegraram a reunião.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ciranda de amigo


Daniélson é amigo
de tuntum,
xique-xique,
avisa lá

Cuba,
Jaboticatubas
Santiago de BH

Milho,
verde,
cachaça

Couve,
hortelã - pimenta
Caldo de mandioca... brava!

Mãe Tereza
Pai Geraldo
Irmão André

Seu filho
um ano já tem
de Ruela e Zé

Aquele aquário,
lá no alto,
era vidro e se quebrou

O amigo que eu tinha
era muito e se acabou...
O carinho que eu tenho
era muito e ficou.

# da série: Era uma vez a amiga, que está sem um amigo por causa da namorada.
Alumia, minha gente! Alumia!

Meu muito amor

"Ele parece ser interessante. Sempre adorei pessoas que têm essa... paixão pela vida."
"É uma paixão por moedas, não pela vida", eu a corrigi.
"É a mesma coisa. Paixão é paixão. É o entusiasmo intercalando o espaço do tédio, e não importa a que se dirige." Ela revirava a areia com os pés. "Bem, pelo menos na maioria das vezes. Não estou falando aqui de vícios."
"Como você com cafeína."
Ela sorriu exibindo o pequeno espaço entre os dois dentes da frente. "Exatamente. Pode ser moedas, esportes, política, cavalos, música ou fé... as pessoas mais tristes que já conheci na vida são as que não se importam profundamente com nada. Paixão e satisfação caminham lado a lado. Sem elas, qualquer felicidade é apenas temporária, porque não há o que a faça durar. Adoraria ouvir seu pai falar sobre moedas, porque seria ver alguém em seu melhor momento, e descobrir que a felicidade geralmente é contagiosa."


Diálogo entre Savannah e John, no livro Querido John, de Nicholas Sparks.

Se você ainda não tem uma paixão ou se ela está esquecida por aí, PROCURE, RECUPERE! E tenha um Feliz Ano Novo!


sábado, 10 de dezembro de 2011

Envolvimento para as férias

Eu não imaginava que fosse gostar tanto assim deste filme. Ele é puro envolvimento! Com direito a um bom pedaço sobre livros, leitura e mais um sonho de biblioteca! Acho importante recomendar e por isso deixo aqui o vídeo completo, que encontrei no Youtube. Boa sessão!


O lixo extraordinário


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Meu lema é desocultar os amigos!

Nosso amigo oculto de livros está lançado!

Relembrando: vale presentear o amigo com um livro que você leu e gostou, ou com outro novinho em folha.
Quem quiser participar pode deixar seu nome e e-mail nos "envolvidos" aqui embaixo, sendo que cada amigo "oculto" receberá o nome de seu sorteado por e-mail, no dia 09/12.



Deixo como sugestão para o dia da troca de presentes, os dias 14 ou 15/12, quarta ou quinta-feira, às 19h.  Podemos nos encontrar de novo na Livraria D'Plácido e na Praça da Liberdade. O que vocês acham?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tempo de mudanças!

Já comecei a pensar nas promessas de ano novo, outra vez. Mas, antes de escrever efetivamente sobre elas, preciso contar que estou quase formada em uma das minhas graduações. Aprendi muito e tive grandes pessoas nesse meu caminho e carregarei boas lembranças sempre comigo, apesar de todo sofrimento com o curso e com a escola.

Ainda estou com poucas palavras sobre isso, porque cheguei, enfim, ao "vazio" pós-formatura sobre o qual tanto ouvi falar. Contudo, encontrei versos em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, para me ajudarem. E só!

Deixando vou as terras
de minha primeira infância.
Deixando para trás
os nomes que vão mudando.
Terras que eu abandono
porque é de rio estar passando.
Vou com passo de rio,
que é barco navegando.
Deixando para trás
as fazendas que vão ficando.
Vendo-as, enquanto vou,
parece que estão desfilando.
Vou andando lado a lado
de gente que vai retirando;
vou levando comigo
os rios que vou encontrando.


Imagem: Cachoeira do Tempo Perdido - Milho Verde - MG

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Se envolveu e ganhou!

O sorteio de novembro não deu muito ibope. Onde foi parar todo mundo? Acho que estão todos tão envolvidos, que faltou tempo de participar do sorteio. Foi isso?

A envolvida premiada da vez foi a Poly, que esteve no I Encontro e tem se envolvido cada dia mais com o blog. Fomos juntas também à biblioteca Pública Luiz de Bessa, onde encontramos muitos exemplares do livro sorteado. Para fazer a carteirinha, são necessários: carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e R$ 3,00. E fica prontinha na hora! Você pode pegar dois livros por vez e ficar com eles por 14 dias. Tem muito livro bom por lá! Fora que está perto da Praça da Liberdade e da Livraria D'Plácido.

Um ótimo passeio! Confiram no site (não aparece bem no Google Chrome, consegui no Firefox) o horário de funcionamento, que também é bem acessível!


Mudando de assunto...

Estou pensando em fazer um amigo oculto de livros para fechar o ano, mas preciso que vocês estejam ainda conectados com o blog. Existem uns programinhas que sorteiam o nome por e-mail, fantásticos. É uma boa maneira de trocarmos livros e nos encontrarmos outra vez. Podemos presentear nosso amigo com livros nossos, que já lemos e gostamos, ou com um livro novo. O importante é compartilhar a leitura. O que vocês acham? Pode ser agora? É melhor esperar 2012? Mandem um sinal de fumaça, please!

Por fim, gostaria de reforçar que continuo aceitando críticas, sugestões, reclamações, alumias, recadinhos...

Beijo pra todo mundo!



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Envolver-se vale um livro!

Então, minha gente! No sorteio de novembro, participa quem se envolve! Vale se envolver com a família, com a(o) namorada(o), com os amigos, o cachorro, o periquito e o peixe de aquário... com os estudos, com o trabalho, com a ciência, com a causa... com a alimentação, com a saúde, com a vida... com a festa, a dança, o esporte, o passeio... com outras pessoas, com as crianças, com os bichos, com as plantas... com a leitura, a música, a imagem, a cena...

Fácil demais desta vez! Para participar, portanto, basta clicar no link "envolvidos", ao final deste texto, e contar pra mim com o que você se envolve! O livro a ser sorteado no próximo dia 30 será de Lygia Fagundes Telles, Antes do Baile Verde, uma reunião das narrativas mais bem sucedidas escritas pela autora entre 1949 e 1969. 



As situações narradas são as mais diversas. Em "A caçada", um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro "Venha ver o Pôr-do-Sol", um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema de "Apenas um Saxofone", "Um Chá bem Forte e Três Xícaras", "O Jardim Selvagem" e "As Pérolas". Mas o enfoque é sempre diverso e surpreendente. Em "O Menino", por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe.


O escopo humano e literário de Lygia não se restringe, contudo, aos dramas de casais. "Natal na Barca" é uma pequena parábola, com final epifânico. "Meia-noite em Ponto em Xangai" é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em "O moço do Saxofone" um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em "A Janela", um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu. 

Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe, no mais alto grau, sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.

"Essas pequenas obras-primas, de tão fremente inquietação íntima e que exalam um desespero tão profundo, ganham a clássica serenidade das formas de arte definitivas." - Paulo Rónai

"Lygia Fagundes Telles sempre teve o alto mérito de obter, no romance e no conto, a limpidez adequada a uma visão que penetra e revela, sem recurso a qualquer truque ou traço carregado, na linguagem ou na caracterização." - Antonio Candido

Bom... eu costumo estar sempre envolvida com muitas coisas, né?! Duas faculdades, estágio, cachorros, minhocas, plantas, dança, leitura... O Jean... Minhas amigas e amigos, minha afilhada, a Mari e o Dudu... Pessoas do meu convívio, leitores do blog... O blog! Alternativas de alimentação saudável, práticas mais sustentáveis... E ainda pretendo me envolver muito mais, em projetos sociais e ambientais, por exemplo. Ufa!

E você? Com o que você se envolve?

Quem for ao I Encontro de Envolvidos pode até escrever sobre ele aqui! Fica a dica!

Estou curiosa com as respostas de vocês! Boa sorte a todos!

Beijo.

domingo, 20 de novembro de 2011

I Encontro de Envolvidos


Gostaria de anunciar o I Encontro de Envolvidos: um delicioso café da manhã, na Livraria D'Plácido, no dia 26 de novembro (sábado) às 9h. Esta reunião de leitores é uma vontade antiga minha. A proposta é reservar um tempinho para que a gente se envolva pessoalmente (chega desse relacionamento exclusivamente virtual!) para trocar ideias e livros.

O apoio da Livraria D'Plácido tem sido cada vez mais fantástico e eles se disponibilizaram a nos receber e ainda vão oferecer o café da manhã. Para quem estiver com planos de comprar algum livro, recomendo ligar na livraria no início da semana e encomendar. O livro chega até o sábado e eles dão um super desconto. Vale a pena!

Depois também poderemos dar um passeio na Praça da Liberdade, linda linda! Puro envolvimento!

Vamos? Levem livros, textos, poesias, histórias... tudo o que quiserem!

Espero vocês lá!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Alegria tem nome?

Encontrei essa pergunta no livro Luna Clara & Apolo Onze, da Adriana Falcão. No auge do romance, Doravante (o pai) encontra Luna Clara (a filha), depois de muita expectativa ao longo da estória. Para descrever a cena, a autora lança a questão: "Como era o nome daquela alegria?".

"Alegriaflor? Alegriapresente? AlegriaNatal? Alegriacarnaval? Alegriadoce? Alegriaamor? Alegrialua? Alegriacanção? Alegriabeijo? Alegriamaiordomundo? Alegriasimplesmente?"

"Que tal felicidadederramante?"

Fiquei um tempo, então, pensando em todas as formas de alegria que podemos ter, sendo que nem todas elas são facilmente descritas ou justificáveis. Nem sempre encontramos palavras para definir nossa alegria. Nem sempre ficamos alegres por motivos (nomes) lógicos.

Contudo, o fato de a alegria não ter um nome / uma descrição não impede que as outras pessoas percebam esse nosso sentimento. Por causa disso, muitas vezes também somos contagiados por alegrias que não eram nossas!

Nesse sentido, podemos refletir sobre a nossa influência na felicidade global. Ao mesmo tempo que existem pessoas tristes, existem aquelas que estão alegres a cada novo dia. Mesmo que esteja tudo cagado, que queiramos sair daqui, ou que o crescimento percentual dos ricos, no Brasil, seja maior do que o dos pobres, e por não sermos especiais, nossa forma de amar o próximo é, basicamente, nos mantermos alegres todos os dias.

Pergunta

Quero sugerir uma pergunta para vocês, leitores do blog. Sinto falta da participação de vocês entre um sorteio e outro. =)

Qual o nome da sua alegria?

# Texto escrito para um trabalho da dança. Muitas vezes a minha alegria tem este nome: DANÇA!
# Keylla, esse texto foi confessadamente influenciado por uma atitude sua! =)
# A imagem é para demonstrar minha admiração pelo trabalho dos Doutores da Alegria e por muitos outros projetos dispersores da alegria espalhados por aí.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Fazendo vontade!

Embora tenha sido menos concorrido, o sorteio de outubro fez vontade demais em quem participou, né?! Em mim também! Me senti como se tirasse o pirulito da mão de quem não ganhou. Continuo sofrendo por não poder presentear todos vocês!

Eu li um exemplar de Manuelzão e Miguilim emprestado da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Acredito que ele ainda esteja lá. É uma boa opção de envolvimento, viu?! Gosto muito do espaço, da diversidade de livros oferecidos, das pessoas que trabalham lá, das atividades que já vi acontecendo. Sou um pouco suspeita, porque sou ratinha de biblioteca. Foi numa dessas que aprendi a gostar de ler. Fica a dia, então. E quem for, me convida!

Quem ganhou o livro de Guimarães Rosa foi o Jean, sem nenhuma marmelada! Apesar de ser um namorado maravilhoso, ele fica falando na minha cabeça a cada sorteio, insistindo que vai ganhar todos os livros escolhidos... até que chegou a vez dele! Aiaiai... Melhor pra mim, que vou ler antes dele! Como se eu já não tivesse feito isto antes, né, Dani Braga e Marcelo?!

Muito obrigada pela participação e envolvimento, pessoal!

Adorei a estória da Barbie com o Ken, Syl. Como massa de bolo e de pão de queijo até hoje, Íria. Confesso que às vezes os urubus dão uma espiadinha na minha cama, Ita. Fico imaginando um pé de melancia na minha barriga, Dani. Também seria muito feliz de poder sair do banho com um cobertor, Rapha. Fico gripada mesmo não tirando meus pés frios de debaixo da coberta, Poly. Morreria de dor de barriga, e não de derrame, com leite, ovo e manga batidos, Jean. Acho que quando a gente morre, Marcelo, a gente ganha uma limpeza automática antes de chegar no céu. Tive muito medo do homem do saco e da doida da rua, Bárbarah. O pé de couve crescendo na cera teria ganhado o concurso das maluquices de nossa infância, Keylla.

Um beijo... e até o próximo dia 30!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pra não deixar de ser criança!

Poderíamos passar horas a fio discutindo, refletindo, questionando a violência contra as crianças, a desnutrição infantil, a desigualdade social... E ficaríamos outras tantas horas divagando sobre a realidade das escolas brasileiras, as condições de trabalho para alunos e professores da rede pública, a educação que vem de casa, a nova geração que estamos formando... e por aí vai. Mas só por hoje, ou só por esse mês que se foi, deveríamos nos permitir ser criança outra vez.

É bom poder pensar que os problemas são todos de matemática, acordar cedo só pra ver desenho ou jogar bola na rua. Brincar de pega-pega, pique-esconde, amarelinha... Roubar brigadeiro em festa, furar com o dedo o bolo de aniversário, esperar pela surpresinha... Acreditar em Papai Noel, coelhinho da Páscoa, duendes, bruxas, bicho-papão... Ter uma melhor amiga, o gatinho da turma, a vó, o vô, a professora, o moço da bala na porta da escola... O sorriso "com janelinha", a gargalhada gostosa... Cheiro de Johnson's, maquiagem rosa choque, cabelo de Xuxa, tênis do Senninha...

Escolhi o livro desse mês pensando exatamente nas crianças, em todos os dias só delas e em todos os dias em que podemos ser como elas. Nada menos que Guimarães Rosa, com o seu Manuelzão e Miguilim, um volume composto por duas novelas: "Campo Geral" e "Uma Estória de Amor". "Campo Geral" é o relato lírico da infância do menino Miguilim, narrado em terceira pessoa, sob a perspectiva de Miguilim, menino inteligente e sensível que mora com a família na mata do Mutum (MG). A narrativa é organizada segundo a vivência e as experiências desse jovenzinho que está constantemente observando as pessoas e as coisas situadas em seu universo sertanejo. O leitor vai desvendando a cada passo o mundo afetivo de Miguilim, transbordado de alegrias e de tristezas, misturando-se nele as reflexões e os deslumbramentos. Guimarães Rosa capta o universo infantil, culminando com o deslumbramento dessa criança ao ver o mundo, quando um doutor lhe descobre a miopia. A segunda novela presente no volume é "Uma Estória de Amor", narrativa que revela o outro lado da vida, a velhice, retratada pela vertente de um vaqueiro que nunca havia se fixado, nem alcançara a estabilidade doméstica, senão no final da vida, já velho. Aos sessenta anos recompõe a família, construindo uma casa e, como promessa à mãe, uma pequena capela na fazenda da qual era administrador. As duas novelas completam-se, mostram a infância e a velhice, cujos protagonistas fazem da descoberta e da recordação os pontos altos da matéria literária.

Assim, a função dos envolvidos que quiserem ganhar o livro de Guimarães Rosa, no sorteio, será relembrar alguma fala de seus pais que ficou marcada no desenvolvimento de vocês. Meu pai, por exemplo, sempre dizia que eu deveria comer beterraba para ficar com as bochechas rosinhas. Comi beterraba demais sem gostar, viu?! Outra que me dá gastura até hoje era dizer que se eu não escovasse os dentes, a barata viria a noite pegar os restinhos de comida na minha boca. No caso de vocês, valem até os clássicos, como "quem mexe com fogo faz xixi na cama, menino" ou "não vai pra rua, que homem do saco te leva". Vale até inventar um para a atualidade.

Vamos brincar de concorrer a um lindo livro, sem deixar de ser criança! 

Deixo aqui um vídeo para as crianças que já cresceram...


Vocês têm até o dia 30 para se envolverem! Boa sorte a todos! Um beijo!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Levanta! Sacode a poeira!

Muitas das vezes as críticas funcionam mais como um puxão pela blusa do que como uma rasteira. Já repararam?

Estava eu lá no fundo do poço outra vez (sem escafandro, porém), prostrada no chão como criança fazendo pirraça. Foi então que percebi o tanto que fui/sou/estou mimada.


Meus pais até tentam, do jeito deles, fazer com que eu me mova. Esperam abertamente que eu tome alguma atitude. Mas eu fico ali, pedindo atenção, de cara emburrada.


Eu fico nesse charminho, vulgo "@#$% doce", me fazendo de vítima da minha vida, vítima das minhas próprias escolhas. Até que chega um momento em que a vergonha alheia passa a ser tão minha que me fere o orgulho.


Dessa forma, declaro hoje um bom dia para desmascarar toda essa minha birra disfarçada de auto-sabotagem. Também me declaro extremamente grata às fortes presenças da Keylla, da Poliana, do Jean, da Íria, da Adriana,  da Suellen, da Bárbarah e (por que não?) de algumas boas vacas brabas no meu caminho. Exemplo de filha única que sou, confesso que os puxões de camisa são, para mim, imprescindíveis. 


Depois disso, só me resta levantar, sacudir a poeira e seguir em frente, feliz com a #nãoseimaisquenúmero chance de dar a volta por cima.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eu confio na quinoa!

Cozinhar é um ato social. Poder cozinhar para mais pessoas é indiscutivelmente melhor do que só pra gente mesma. Melhor ainda quando podemos acrescentar novos gostos aos paladares amigos.

Desta vez, fui parar numa república masculina, de comedores de molhos, massas, frituras, pimentas e muita carne! Estava, há tempos, com vontade de comer quinoa outra vez. Então, comentei com o Jean (o namorado) e o André. A proposta foi um risoto de quinoa com brócolis, acompanhado de um bom vinho e, inevitavelmente, um bife de contra-filé banhado com pimenta curtida no mel e na cachaça. 

Não adianta eu me iludir na tentativa de mudar os hábitos carnívoros de alguém. Basta, para mim, despertar uma pequena reflexão sobre o que comemos todos os dias. 

A quinoa foi uma novidade para eles. Por isso mesmo, sofreu certa resistência. O coitado do brócolis, então! O jantar, contudo, foi um sucesso! Ufa! Mesmo com aparência de mingau ou de qualquer prato hippie que se preze, não sobrou nada na panela pra contar história.

Sobre a quinoa

A quinoa (Chenopodium quinoa) é uma espécie granífera domesticada pelos povos habitantes da cordilheira dos Andes há milhares de anos. É uma planta anual, com ciclo variável em função da latitude e da altitude de origem. Seus grãos são pequeninos, de cor de areia, de textura leve e macia e com gosto parecido com nozes. Pela semelhança da planta, quando nova, pode-se definir a quinoa como "um espinafre que produz grãos".

100 g de quinoa contém: 13 g de proteínas, 6 g de fibras, 2,2 g de gordura polinsaturada, 9,2 mg de ferro, 411 mg de fósforo, 740 mg de potássio, 211 mg de magnésio, 820 mg de cobre, 3,3 mg de zinco, 820 µg de vitamina B3, 1 mg de vitamina B5 e 2,6 mg de vitamina E.

De onde vem a inspiração?

(Ilustração minha)
Inconveniente! De repente me invade na rua, no banho, no ônibus. Inoportuna! Sempre aparece quando não posso cantar, nem gravar ou escrever. Não escolhe hora, lugar, intensidade; vem chegando sem avisar, tomando a cabeça, sufocando o peito. Que angústia...Vou perdendo pelo dia as ideias que surgiram e só me alivio quando chego em casa e posso abraçar o violão, rastrear umas notas, vasculhar melodias ou simplesmente rabiscar desenhos e palavras, me enganar entre palavras, imagens e sons.
Quando ela chega, sou plena! Não importa muito o que está acontecendo, qual música virá, qual a forma do rabisco, qual cor, verso ou prosa. Se feliz, triste, complexa, se cheia de contradições ou palavras bobas, se os traços saírem tortos e imprecisos; importa que naquele instante eu sou viva e sou completa. Deixo o inconsciente trabalhar, deixo a letra vir, a melodia brotar, as cores conversarem. E mesmo que venha de uma grande desilusão ou de uma angústia gigantesca; é sempre bem-vinda.
A inspiração torna a vida suportável. Ela mergulha em beleza o sentimento mais desprezível e a realidade mais fugaz. Quero tê-la sempre, que sê-la sempre! Abro agora o peito para novas invasões; que venha! Gosto de derramar seus frutos com palavras, gestos, canções avulsas. Ou então, com o simples silêncio. Se inspiro ou se respiro, me inspiro. E me transformo!

"E o peito meu
Fibra por fibra
Apaixonado vibra
Com prima e bordão
E é aí que eu
Sinto a mão de Deus
Na minha mão. "

Música de Raphael Rabello, letra emocionante dele e do poeta Paulo César Pinheiro. Para inspirarem-se:

http://www.youtube.com/watch?v=27avitG3EAw

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Alumia do Espantalho

Quando eu era criança, assistia ao filme do Mágico de Oz incansáveis vezes. Adorava os sapatinhos da Dorothy,  o Totó, o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão, na Terra de Oz. Somente há pouco tempo, porém, é que li o livro de Lyman Frank Baum.

No trechinho em que Dorothy e Totó encontram o Espantalho e ela o convida para seguir com eles até o Grande Oz, o Espantalho demonstra seu interesse por um cérebro. Ele não se importava que suas pernas e o resto do corpo fossem feitos de palha. Era até bom, pois não se machucava. Contudo, julgava-se um tolo por não possuir um cérebro. Como é que ele poderia saber alguma coisa, se possuía palha no lugar dos miolos?

Foi então que encontrei um "Alumia" bastante sábio, vejam só o que o Espantalho diz à Dorothy:

"- Vou lhe confessar um segredo. A única coisa neste mundo de que tenho medo é... Você adivinha?
 - Hum, vejamos... Já sei! O fazendeiro que fez você!
 - Não - respondeu o Espantalho. - A única coisa que eu temo é um fósforo aceso."

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sorte no amor

Amores, fiquei muito, muito mesmo, feliz com o envolvimento de vocês nesse sorteio. Foram tantas músicas boas! Todos com vontade de ganhar um bom livro e meu coração dividido, querendo distribuir um Rubem Alves pra cada um.

Apesar de não gostar, achei o link de download para quem não ganhou, mas pretende ler tanto quanto eu.

O sortudo de setembro foi o Marcelo, amigo romântico, que, não duvido, vai ler Rubem Alves ao lado de ou para alguma felizarda por aí.

Aproveito para pedir aos ganhadores que deem algum retorno sobre o livro ou sobre a livraria D´ Plácido, onde foram buscá-lo. Vocês ficaram satisfeitos com o presente e com o atendimento deles?

Para fechar, deixo a música lindinha da Poly, com o vídeo, que traduz tudo o que senti ao fim do sorteio de setembro. Muito muito muito obrigada! Vocês cabem todos no meu coração!


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vamos celebrar o amor!

O sorteio do mês de setembro vem em clima de romance! Lindo lindo! Para combinar com o início da primavera!




Não se preocupem com o tempo. Atrasei o anúncio, mas só poderei fazer o sorteio no dia 3, por conta de uma viagem. Então, o prazo que seria só até o dia 30, este mês vai até o dia 3 de outubro.


O livro de setembro será "O amor que acende a Lua", uma coletânea de crônicas de Rubem Alves, lançada em dezembro de 1999, cujo tema principal é o amor. 


Para participar do sorteio, basta sugerir uma música ou um trechinho de uma música da qual você goste. Ela pode ser romântica, alegre, engraçada, diferente, clássica, dançante... Acompanhada ou não de justificativa. Assim, faremos uma pequena homenagem à sócia musical do blog, srta. envolvida Sofia Cupertino.

A minha música, pra começar, é "Porque eu sei que é amor", dos Titãs. Sem justificativa. Ponto!



Boa sorte a todos!
Envolvam-se!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Qualquer um pode cantar bem?

(ilustração minha)
Há pessoas que lamentam não ter uma voz bonita, choram por ser desafinadas ou se deprimem por não conseguirem acompanhar nem mesmo o parabéns para você. Apesar disso, adoram cantar e guardam dentro de si um desejo enorme de ser um bom cantor! É possível?

Um professor meu costumava dizer que a diferença entre o talentoso e o não-talentoso é simplesmente o esforço. Um terá mais facilidade que o outro para alcançar o mesmo resultado, mas ambos são capazes de realizar os mesmos feitos! Porém, um talentoso pouco esforçado pode até ser ultrapassado por aquele que se dedica. Um dos segredos, sem querer cair no senso comum mas já esbarrando nele, é treino, treino, treino, disposição para aprender e vontade de superar os obstáculos.
Quando digo que qualquer um pode cantar, eu me lembro do tanto que evolui durante todo esse tempo e de tantos outros cantores quais vejo crescer e se aperfeiçoar a cada dia.
Existem claro, pessoas que parecem ter nascido e, ao invés de chorar, ter cantado. Como a pequena Giulia que ficou famosa por cantar perfeitamente afinada e com uma delicadeza que só pode existir na voz de uma criança de SEIS ANOS!Não consegui postar o vídeo dela aqui, procurem no youtube por Giulia Soncini!

Fenômenos como esse são difíceis de ser explicados e é nessas horas que acreditamos na existência do Dom.rs

Mas enfim, o que quero dizer que quando achamos que cantamos mal, exitem várias características do canto que podem nos estar transmitindo esta impressão:

Voz "feia"?

Talvez o cantor possua um timbre peculiar, fora dos padrões daquilo que é considerado "bonito" e "agradável" pela sociedade.
Lembrando que essa classificação é muito subjetiva e culturalmente construída. Muitas pessoas acham que Chico Buarque "canta mal" porque na verdade não gostam da voz dele. Apesar disso, sabemos que ele é extremamente afinado e defende muito bem suas composições! Outros acham terrível a voz rouca de Janis Joplin enquanto os fãs a consideram incrivelmente expressiva e totalmente compatível com o gênero Rock/blues. Gosto é gosto, cultura é cultura!

Falando em desafinação...

Esse pode ser um grande problema. É um dos defeitos mais evidentes de um cantor e raramente passa despercebido pelos ouvidos mais leigos. Calma! Não é uma assombração imortal, invencível!
Há vários motivos para uma pessoa ser desafinada: ouvido mal treinado, falta de técnica/treino ou problemas (mais raros) biológicos. Mas este é um assunto delicado e complexo.Aos interessados, não deixem de consultar o site http://silviasobreira.com/silvia/pt/livro.php da especialista em desafinação Silvia Sobreira. Fiz uma oficina com ela em Ouro Preto sobre o assunto e posso afirmar que vale a pena dar uma espiada no seu trabalho para lá de esclarecedor. No site tem uma entrevista dela no programa do Jô Soares. Muito boa!

Vergonha?

É, essa danada atrapalha muito! Para cantar precisamos estar relaxados e confiantes. Do contrário, o nervosismo e a insegurança ficam claros na nossa voz. A tensão contrai nossos músculos e bloqueia a respiração. A dica é: confia e entrega! Errar é o caminho para o aprendizado. Chute o medo pela janela; experimente, teste, brinque com sua voz.Incomode seus vizinhos agora para depois ser aplaudido pelo mundo todo!haha!



Não desista! Se você quer cantar bem, você vai cantar bem. Só não vale abandonar o barco! E outra coisa; quanto mais você aprende, mais você tem a aprender. O crescimento nunca acaba a não ser que você atinja a perfeição. Se você fizer isso, me avise que vamos todos construir um templo e louvá-lo eternamente!haha!

Importante: o acompanhamento por um profissional do canto é essencial para que você evolua sem prejudicar sua saúde vocal!

Bom treino! ;)

domingo, 18 de setembro de 2011

XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro

Estou atrasadíssima, mas gostaria de contar pra vocês um pouquinho sobre a XV Bienal do Livro do Rio, que aconteceu entre os dias 1º e 11 de setembro, no Riocentro - RJ. O evento recebeu nada menos que 670 mil pessoas, 5% a mais que em 2009, sendo que 76% delas compraram livros, numa média final de 5,5 livros por pessoa. No total, foram vendidos 2,815 milhões de exemplares, a um valor médio de R$ 21,60 cada.

A Bienal é o acontecimento editorial mais importante do país, nos anos ímpares e um evento cultural de mobilização nacional. Quem tirou proveito disto foi a nossa presidente, Dilma Rousseff, e a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Em seu discurso, a presidente anunciou as linhas gerais e diretrizes do Programa do Livro Popular (PLP), criado pela Fundação Biblioteca Nacional para fomentar a produção e a comercialização de livros a R$ 10,00. “Pedi ao Ministério da Cultura e à Fundação Biblioteca Nacional que preparassem um programa para o livro popular”, afirmou a presidente. “Queremos ter uma ação que permita a produção e a comercialização de livros baratos”, disse. Durante a abertura da Bienal do Rio, a presidente Dilma Rousseff assinou ainda o decreto de criação do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL). O plano, formulado em 2006, constitui um conjunto de políticas, programas, projetos, ações continuadas e eventos empreendidos pelo Estado e pela Sociedade, para promover o livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas no Brasil.

Fico com muitas dúvidas quanto a esse livro popular de R$ 10, não sei se funcionaria e quem compraria. E mais: quem seriam os autores destes exemplares? No entanto, gosto de ter esperanças no incentivo a leitura e na ampliação e valorização das bibliotecas no país. Eu gosto de bibliotecas! Elas têm um grande potencial para atrair novos leitores.

Falando nisso, fiquei curiosíssima com a Maré de Livros, "uma área lúdica e interativa na qual crianças, adolescentes e adultos puderam se divertir no riquíssimo território das palavras", diz João Alegria, seu curador. O objetivo do projeto era contribuir para a formação de jovens leitores. Vejam algumas imagens:


A proposta conceitual parte do pressuposto de que o contato direto e intenso com os livros e as demais formas contemporâneas de apresentação das narrativas é capaz de despertar nas crianças e nos adolescentes o interesse pela leitura, pelas múltiplas leituras, reforçando a formação de hábitos relativos às competências da leitura e da escrita. Chiquérrimo!

É bem provável que eu esteja lá da próxima vez! A previsão é que a XVI Bienal aconteça entre 5 e 15 de setembro de 2013. Vamos?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Você canta com o diafragma?

(ilustração caseira, precisava traduzir isso em imagem!haha)
Ao ouvir essa pergunta logo imagino uma boca surgindo da minha barriga e soltando um “I love yooooouuuu” em alto e bom tom!
Esta é uma das maiores gafes que todo cantor é obrigado a escutar uma vez ou outra ao longo de toda a carreira. Melhor que responder com grosseria: “não, canto com a boca”, é explicar à pessoa leiga o papel brilhante do diafragma quando emitimos qualquer som. Além de render uma boa conversa, o amigo questionador jamais vai perturbar outro profissional com a perguntinha senso-comum.
Vamos lá?
O canto envolve, na verdade, todo o nosso corpo. A postura e a tensão ou relaxamento de cada músculo influem na boa emissão da voz assim como doenças de estômago, desvio de septo, sono mal dormido, etc. Mas os sistemas mais diretamente envolvidos e, por assim dizer, mais importantes, são o digestivo e o respiratório. O som da nossa fala, essencialmente, nasce do movimento dos nossos pulmões. Veja bem:
O diafragma é um músculo, um dos principais responsáveis pelo controle da nossa respiração. Ele fica logo abaixo dos pulmões e funciona como uma cama elástica, expandindo e comprimindo nossos preciosos “balões de ar”.
Por que ele é tão importante para o canto? Oras, o canto é algo mais que a respiração direcionada! O som é produzido pelos movimentos das nossas pregas vocais (alguns chamam de “cordas vocais”, mas este termo está caindo em desuso) e só existe devido à passagem de ar por estes musculuzinhos que vibram. Depois, ao ser moldado pela boca, lábios, língua e ao passar pelas cavidades de ressonância*, o som ganha cor, brilho e força. Mas onde está sua origem? No sopro da vida!
Então, quanto melhor controlarmos nossa respiração, melhor podemos cantar. Mais domínio teremos de cada nota entoada, da sua duração (que chamamos de fôlego), firmeza e brilho. E IMPORTANTE: respirar corretamente (entre outros fatores) garante a saúde da nossa voz.
Exercendo o controle sobre o diafragma (e também sobre outros músculos envolvidos com a respiração) direcionamos o esforço para os pulmões e “aliviamos” as pregas vocais, deixando-as livres de desgastes desnecessários. Este controle é conhecido como “apoio respiratório”. Aliás, é uma técnica essencial, já que o excesso de trabalho das pregas vocais pode provocar doenças e gerar calos que em alguns casos são removidos apenas com cirurgia. Eu mesma já tive um e, bom, achei terrivelmente desagradável ficar 7 dias sem emitir absolutamente nenhum som para salvar minha voz, durante a recuperação. Ou seja, aconselho à todos, profissionais da voz ou não, a cuidarem com muito carinho daquilo que é fundamental para nossa comunicação com o mundo!Boa idéia, hein? Na próxima coluna vou até postar sobre como cuidar dela direitinho.
Pois bem, o diafragma exerce uma função importantíssima no canto e na fala. Agora, ao invés de perguntar se alguém “canta com o diafragma” você já podem dizer aos seus ídolos que eles “têm um ótimo apoio respiratório”. Ninguém aqui vai ao show de uma barriga cantante, certo? Nada de gafes. Fica a dica! ;)

*Cavidades de ressonância: são como a caixa do violão que é o corpo de madeira do instrumento responsável pela amplificação do som. No nosso corpo, as principais são: pulmões, para notas graves e médias, e cabeça para notas agudas. Além disso, a região nasal pode ser usada para realçar timbres metálicos.

Referência : http://ocantodocanto.blogspot.com/2007/08/curiosidades.html

domingo, 4 de setembro de 2011

Só o começo!

Estou guardando, já há algum tempo, a vontade de contar para vocês sobre o começo de um romance inesperado, com grandes chances de final feliz. Não anunciei antes porque ainda estamos longe um do outro, numa tentativa ansiosa de diminuir a distância BH <-> Rio.

Foi então que comecei a ler Luna Clara & Apolo Onze, de Adriana Falcão. A primeira página começa assim:

LUNA CLARA, SEXTA-FEIRA, NO FINALZINHO DA TARDE

Naquela sexta-feira dos ventos, 7 de julho, logo que a tarde caiu, os acontecimentos começaram a acontecer feito loucos na vida de Luna Clara, justo na vida dela, uma menina que tinha uma vida meio besta.
Ela estava lá, sentada na beira da estrada como ficava todos os dias, esperando, esperando, esperando, esperando, esperando, esperando.
"Será que é hoje que ele chega?"
"É sim."
"Eu tenho certeza absoluta que ele chega hoje."
"Mas eu também tive certeza ontem."
Quando, de repente, um vento ventou do Sul para o Norte e desarrumou seus pensamentos.
Um vento ali?
Que novidade era aquela?
Desde que Luna Clara nasceu, nunca tinha ventado nem chovido na sua cidade.
Ela não conhecia o vento, não sabia muito dele e nem imaginou que ele gostasse tanto de brincar de derrubar o chapéu dos outros, "pára com isso, vento!"
Mas o mais estranho mesmo ainda estava por acontecer.
E aconteceu.


Apesar da distância e do inusitado, da "espera" e do "vento", estamos construindo um belo começo de romance. E se, de acordo com Adriana Falcão, "o que faz cada história de amor são justamente seus acasos, seus contratempos, soltos acontecimentos, suas esperanças, seus ventos, seu tempo", já estamos juntando os nossos (papo para outros posts).

Penso muito nele quando leio 30 páginas de Luna Clara & Apolo Onze. Ele é um ex-namorado e amigo de outros tempos, que reapareceu sem que eu esperasse. Ou esperava e não sabia. É astrônomo, estudioso de mecânica celeste. Gosta de forrozear e tem um ótimo (senso de) humor. Tem sido ele quem me devolve o sorriso e o brilho nos olhos, com seus cafunés virtuais. Foi com ele, enfim, que escolhi estar / ficar, a partir do dia 14 de agosto de 2011. E este é só o nosso começo de final feliz.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Se eu gosto a música é boa.

Ruim é máquina de fotografar que estraga em dois cliques. Ruim é o salário dos professores municipais. Ruim é o vilão. Ruim é o diabo. Mas e a música? Existe música “ruim”?
Muito comumente ouço pessoas que julgam ter um gosto eclético dizerem que gostam de tudo, menos de funk, Axé e pagode. Dizem: “gosto de música boa”.Ou acham que a música que é boa porque gostam? O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?
O juízo de valor criado ao entorno dessa arte tende a se confundir com o gosto musical de quem julga. As duas coisas se fundem. Dizemos que é “ruim” aquilo que não nos agrada aos ouvidos ao invés de nos expressarmos dizendo “não gosto”.
Alguns defenderiam a música boa como aquela que é complexa, bem trabalhada. Todos nós reconhecemos o valor daquilo que levou tempo e dedicação para ser produzido. Mas porque o simples estaria fadado à má qualidade? Admiramos uma música difícil de ser executada, uma nota aguda arrancado do fundo do peito, um guitarrista que faz seus dedos sumirem na velocidade do solo porque sabemos do esforço e talento presentes. Muitas vezes este pode se tornar um parâmetro para julgarmos a superioridade de uma produção musical e fazer com que tratemos com desprezo as que não apresentarem tais elementos. Isso não é ser limitado demais? A riqueza pode estar em outros cantos pouco explorados, em detalhes discretos. Para enxergá-los e ouvi-los, não bastam ouvidos abertos; é preciso ter MENTE aberta.
Os estilos musicais devem ser encarados como expressões culturais diversificadas. Nada surge do nada para nada. Cada estilo é fruto de um contexto, de uma necessidade comunicacional. Não pretendo cair no relativismo extremista, pois repudio qualquer extremismo cego, assim como refuto atitudes preconceituosas. Posso rodar um CD que me causa espasmos de alegria sabendo que existe outro alguém que taparia os ouvidos e me indicaria um outro som sendo que eu preferiria me tornar surdo antes de que o som ligasse. Enquanto um samba aqui, outro valseia de lá. Eu ouço rock, ele curte rap. Minha mãe gosta de bolero, meus avós de sertanejo. Isso é diversidade. E diversidade é sempre bom, claro, quando acompanhada de tolerância e respeito.
Não quer gerar polêmicas? Troque o “ruim” pelo “não me agrada”. Pois juízo de valor se discute. Já gosto musical...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Felizardo!

Antes de anunciar o leitor de sorte de agosto, gostaria de apresentar-lhes mais uma palavrinha:

OBRIGADA! Muito muito obrigada pelo envolvimento de cada um de vocês: Sylvia, Natan, Cláudio Dias, Jéssica, Letícia, Luiz Gustavo, Jean, Marcelo, Raphael, Airí, Keylla e Marcella!!!


Achei mais do merecido o sorteio desse mês, porque o ganhador acompanha o blog desde o comecinho, liderando os acessos nos dados estatísticos. Estou falando do meu querido Rapha, o sortudo da vez. Muito obrigada pelo carinho de sempre!

Continuem se envolvendo! Até setembro!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Feliz Livro Novo!

É com grande alegria que anuncio o sorteio do dia 30 de agosto! Mês do meu aniversário! Não tem presente melhor do que ver o blog crescendo e presenteando quem gosta de ler!

O livro da vez é o primeiro de uma trilogia, escrita por Stieg Larsson: Os homens que não amavam as mulheres. São 524 páginas de ficção policial, sendo que qualquer semelhança com nosso contexto atual não passa de mera coincidência.

O livro, na verdade, é um enigma a portas fechadas, que se passa na vizinhança de uma ilha. Nele, em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta.

Vamos, então, às regras! Para ganhar este belo livro, quero que vocês me contem uma palavra da qual gostam. Qualquer uma, seja pelo significado, pela sonoridade, pela aparência. Se quiserem explicar o porquê, ótimo! Mas, quem não quiser, não precisa. Algumas nem precisam mesmo de justificativa.

A minha palavra, por exemplo, seria "meleca", porque a língua dança de cima pra baixo pra dizer o LÉ. Além disso, podemos usá-la quando as coisas dão errado, sem que pareça xingamento. Tenho algumas outras, mas prefiro saber as de vocês!

Envolvam-se! Boa sorte!

domingo, 21 de agosto de 2011

Contando as horas

Conhecer uma pessoa é tarefa das mais difíceis. Digo isso porque li "Só me conhecerão quando eu morrer", de Gustavo Gitti. Desculpem-me se o texto é longo, mas achei fantástico. Serve pra gente aprender a se relacionar melhor. Leiam:

Nós estaremos todos mortos em breve. Lembretes diários assim ajudam a sustentar a perspectiva da morte e direcionar a vida ao essencial. Afinal, não é muito inteligente esperar por um câncer para nos lembrar do que vale a pena. Do mesmo modo que destila a vida, o olho da morte pode melhorar os relacionamentos. Para abri-lo, vamos observar o que acontece em um velório caricato. Todos começam a conversar sobre sua conexão com o falecido. O filho fala do pai para o sócio, que descreve o empresário que só ele via. A namorada surpreende a ex-mulher com histórias que não parecem vir de seu ex-marido. O amigo do judô dá risada com o amigo da dança de salão. A diretora de uma ONG revela como ele a ajudou secretamente por décadas. Só conhecemos uma pessoa quando ela morre. Mas talvez possamos antecipar o processo.

O que vemos quando olhamos para esposas, namorados, amigos, filhas, funcionários? O outro surge 100% como a identidade que foi construída pela relação.Começamos a enxergá-lo de um jeito e, em pouco tempo, não mais desconfiamos de que ele seja muito mais do que nos aparece, de que outros o ativem de outro modo, de que ele encarne diferentes risadas, olhares, gestos. A cegueira se evidencia quando o flagramos em outro mundo, reencontrando um amigo de infância ou palestrando. É como se fosse outra pessoa!

Nunca abraçamos alguém por inteiro - e nem deveríamos tentar. Sua esposa não é sua esposa. Seu namorado nunca foi nem nunca será seu namorado: ele é um homem que está vivendo com você. Conectar-se com essa pessoa livre, não apenas com suas identidades, é o melhor jeito de aprofundar a relação.

Conhecer o outro muitas vezes significa congelar o outro. Se você acha que ela não gosta ou não faria tal coisa, espere pelo próximo namorado... Para realmente conhecer alguém, é preciso desconhecê-lo, relacionar-se com o espaço onde surgem suas faces e histórias. Liberar o outro de quem ele é.

Impedimos as pequenas mortes e renascimentos quando silenciosamente, sem saber, exigimos que o outro encarne de novo e de novo o personagem com o qual estamos acostumados. Desejamos surpresas ao mesmo tempo que as dificultamos. Ao controlar, tentamos garantir que a relação dure, que não sejamos abandonados, que o outro não seja assim tão livre: "Mude, mas somente dentro das mudanças que eu espero".

Podemos deixar os outros morrerem mais antes da última morte. Conhecê-los é alimentar sua imprevisibilidade, descobrir não tanto quem a pessoa foi ou é, mas quem não é, quem pode ser.


Mas o que é que isso tem a ver com o título e com a minha saga musical, né?!

Então... o disco que escolhi é do INXS (que se pronuncia In Excess) banda australiana formada em 1977, por Andrew Farriss, Michael Hutchence, Tim Farriss, Jon Farriss, Garry Gary Beers e Kirk Pengilly. O nome do álbum é Welcome to wherever you are. Dentre as músicas, eu já conhecia "Beautiful girl" e gostei bastante de "Not enough time", da qual transcrevo uma parte aqui.

And I was lost for words
In your arms
Attempting to make sense
Of my aching heart
If I could just be
Everything and everyone to you
This life would just be so easy

Not enough time for all
That I want for you
Not enough time for every kiss
And every touch and all the nights
I wanna be inside you


É sempre muito bom estar perto de quem gostamos, de forma que nosso tempo nunca será suficiente!

domingo, 14 de agosto de 2011

Minha origem

Gente, depois que a Sofia assumiu elegantemente a parte musical do blog, senti a obrigação de iniciar a minha saga musical pelos discos que tenho em casa e quase não conheço. Não vou tomar o posto dela de jeito nenhum. Essa minha trajetória será uma merecida homenagem ao meu pai, porque os discos são dele e porque foi ele quem me ensinou a gostar de música, dentre tantas outras coisas. Como vocês poderão perceber, eu dei a maior sorte do mundo por ter o pai que eu tenho. Serão muitas descobertas, tenho certeza. Espero que vocês gostem!

Nada melhor, então, do que apresentar-lhes o primeiro disco no Dia dos Pais, certo?! Por coincidência, o álbum da vez é o Invisible touch, do Genesis. A banda, formada em 1967, foi representada nesse álbum por Tony Banks (teclado e baixo), Phil Collins (bateria, vocal e percussão) e Mike Rutherford (guitarra e baixo), tendo sido este o 13º disco lançado por eles, em 1986. Sem querer, escolhi o maior sucesso de vendas, com mais de 15 milhões de cópias vendidas no mundo todo. Além disso, combina demais com meu pai.

A música de que mais gostei foi: "In too deep", da qual retiro um trecho para dedicar ao meu pai.

It seems I've spent too long
Only thinking about myself
Now I want to spend my life
Just caring bout somebody else

Listen, you know I love you


Acho que meu pai sabe do meu amor por ele. Sabe sim!

Por falar nisso, toda vez que o assunto é a gênese e é o pai, lembro-me dos espermatozóides do Veríssimo. Não os dele, claro!, mas os da sua crônica tão divertida: "Irmãos". Acho que a maioria de vocês conhece. Pra quem não faz ideia do que estou dizendo, é só clicar aqui para rir um pouquinho.

Pai, sei que nem eu nem você pedimos pra eu nascer, mas tenho certeza de que, desde então, você fez o melhor que pôde e até mesmo o impossível, algumas vezes. Muito obrigada! Eu te amo!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Desapega, menina!

Um dos grandes problemas de ler obrigatoriamente 30 páginas todos os dias é a transição de um livro para outro. Mal dá tempo de me desapegar de uma história, de personagens queridos, da linguagem daquele autor, da capa, do cheiro, do tamanho do livro, do marcador de páginas... Enquanto eu ainda curto a saudade, já tenho que começar a me interessar por outras figuras, outras linhas, outros pensamentos. Logo, a mudança pro livro novo compõe um momento delicado, às vezes doloroso, sabe?!

Diante disso, gostaria de propor uma brincadeira neste post, parecida com uma que vi no Facebook há poucos dias. As tarefas de vocês serão as seguintes:

1- Respondam, por favor: Vocês já passaram por isso alguma vez?
2a- (Opção para principiante) Abram o livro mais próximo de vocês em uma página aleatória e copiem aqui um trecho interessante; OU
2b- (Opção para os bons de busca) Transcrevam um trechinho de algum livro que vocês tenham gostado muito (vai lá no livro reencontrar!); OU
2c- (Opção para os bons de memória) Reescrevam ditos/frases/episódios que guardaram na memória porque gostaram tanto que acham importantíssimo passar adiante.

Assim a gente registra. Assim a gente não esquece. Assim a gente se despede. Vamos?!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Filha de peixinho...


“A Maria Rita até que canta bem, mas jamais vai chegar aos pés da sua mãe”
. Quantas vezes não ouvi comentários comparativos entre Maria Rita e Elis Regina, sempre inferiorizando a peixinha em relação à peixe grande? Será que não há uma ingenuidade cruel na visão de quem assim se deixa seduzir pelo saudosismo?
Que Elis Regina foi uma intérprete excepcional é inegável, assim como quase chega a ser pleonasmo dizer que ela foi única. E o único não se compara; não se substitui. Maria Rita nunca se entregou a missão impossível de se equiparar à mãe e pelo contrário, lutou com todas as forças para vencer o preconceito daqueles que a julgavam cegamente, sem perceber o grande talento qual perdiam a oportunidade de prestigiar enquanto repetiam: “Mas a Elis...”
Embora tenha tentado desvincular sua imagem da progenitora, é impossível ouvi-la sem se lembrar da mãe. A biologia não permite! O timbre herdado, belíssimo, pode ser trabalhado como for; em samba, rock, jazz...mas sempre remete á Elis. Quer saber? Acho isso ótimo! Assim posso escutar ao vivo a voz que eu jamais escutaria não fora a herança de Rita. Gosto mais ainda de vê-la nos palcos, esbanjando um charme encantador, interpretando de maneira muito criativa todas as músicas muito bem selecionadas que caem em suas mãos, ou melhor, na sua garganta abençoada pela descendência invejável.
Então, antes de compará-la ao incomparável, é preciso descobrir se não é por mera (e maldosa) saudade desmerecemos um talento poderoso como o dela. Aliás, procure fazer uma experiência: compare todas as cantoras que você gosta muito à Elis e veja quem sobrevive. Pois, é...não disse?
Que essa herança não se perca pelas próximas gerações cantantes! Vida longa ao gen “Elis”!

Beijos estalados e até a próxima!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Assovia

Fecho os olhos para ler o vento.
O vento, que carrega a lembrança...


Aspira à narina
Atinge a nuca
Arrepia a crina
Afeta a cuca

Atiça o pavio
Arrisca a chama
Assopra macio
Agita e inflama

Coluna musical

Olá, Envolvidos!

É com muito prazer que aceitei o convite da Pri para eu deixar me Envolver pelo blog!=) A partir de hoje, vou erguer uma nova coluna para o Envolva-se; a musical.

Para os ouvidos curiosos, vou indicar músicas,músicos e é claro, shows e eventos que sempre ocorrem nesta cidade efervescente!haha!
Para os ouvidos críticos, vou deixar as minhas opniões e abrir espaço para discussões sobre lançamentos, velharias e espetáculos em que fui.
Para os ouvidos cantantes, vamos falar de canto, oras!

Espero que gostem da novidade!

Um beijo estalado em Dó pra vcs!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Li


Já que eles colocam fotos feias nos pacotes de cigarro, por que não colocam gente obesa em cada pacote de batatas fritas, fotos de matadouros em cada bandeja de carne, fotos de animais torturados nos cosméticos, de acidentes de trânsito nas bebidas alcoólicas, gente sem teto na conta de água e luz, e políticos corruptos na declaração de impostos?

Giovana De Figueiredo
Pronto, falou!

Recebi

Estava eu anunciando o blog aos quatro cantos, quando recebi esse comentário "alumiado" e lindo!


Se for assim

Se doer, eu choro
se precisar, imploro
se me importar, eu prezo
se é impossível, eu rezo
se não existir, eu sonho
se quer cantar, componho
se eu gostar, eu chamo
se me encantar, eu amo
se for difícil, eu luto
se quer falar, escuto
se é pra sorrir, eu gosto
se for carinho, encosto
se for possível, insisto
se for preciso, existo


da autoria de Cláudio Dias

domingo, 31 de julho de 2011

Resultados

Gente, desculpa a demora para publicar o(a) sortudo(a) da vez. Estive ocupada entre deveres, e amigas também (porque ninguém é de ferro!), curtindo o último gostinho das férias. Descobri na internet um programa que sorteia nomes, mas dessa vez ainda resisti e fiz no papelzinho de novo.

Os participantes foram: Ita, Natalie, Leiliane, Íria, Sylvia (que ainda me deve uma sugestão), Su e Marcella.

Então...

(suspense)...

A sortuda foi a Leiliane. Já chegou no blog com sorte! Seja muito bem vinda!

A todos que participaram e aos que se envolveram pela primeira vez, meu muito obrigada, de coração. Espero manter o envolvimento!

Até o próximo dia 30! Fiquem de olho!

Beijo