terça-feira, 29 de junho de 2010

Campanha do cobertor de orelha


Disponibilize-se para aquecer a vida de alguém.
Porque o frio não faz bem às pessoas, principalmente às mais carentes.

Apelo ao trio junino e a outros meios



Passou o dia dos namorados, e eu sozinha. Passou o dia de santo Antônio, e eu sozinha. O de são João, e eu sozinha. Hoje é o dia de são Pedro, mas esse é protetor das viúvas e não das solteiras, carentes e desiludidas. Só que pra ser viúva, antes eu precisaria, pelo menos, de um namorado!

A verdade, porém, é que: primeiro, não planejo ser viúva, pois não tive ainda pensamentos homicidas; segundo, não encontro pouso certo pro meu coração.

Tem sido cada vez mais difícil encontrar um olhar, um afago, um sorriso, um abraço que me tire o ar. Sendo que essa dificuldade cresce proporcionalmente à minha necessidade (seria vontade?). Às vezes, quando quero acreditar... vira tudo solidão outra vez. E só me resta esta noite fria de são Pedro, sem fogueira e sem quentão.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mudança de paradigma


"Sobrancelha, s.f.: reunião de pelos que se arqueiam por cima dos olhos". Minidicionário da Língua Portuguesa

Postagem com a colaboração da placa do salão de beleza e da coleguete (colega, muito colega, que estuda na mesma turma que eu!).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Não estou sozinha!


Eu não gosto de futebol, embora admire a capacidade desse esporte de unir muita gente com um mesmo propósito, como já disse anteriormente. Acontece que: não assisti aos primeiros jogos e possivelmente não mudarei de postura quanto aos que vierem. Dessa forma, passarei indiferente ao vôo excepcionalmente estável da Jabulani e ao modelito fashion do Dunga.

Fiquei, então, feliz ao ler hoje mais uma crônica de Moacyr Scliar, intitulada "Futebol e concorrência". Nela, o autor comenta a disputa injusta entre dois estudantes, Sandro e Fernando, no campeonato da escola. Enquanto Sandro era um excelente atacante, Fernando não passava de um goleiro que tomava frangos vergonhosos. Os dois, entretanto, estão concorrendo também no vestibular. Se o Sandro não consegue se concentrar porque está de olho na copa, Fernando "estuda sem parar, com dedicação". Assim, Fernando passa de goleiro a atacante, pronto para marcar o gol. E acerta! Claro! "Para delírio da torcida e para sua própria e definitiva glória: acabou de vencer, ou assim acha, o campeonato da vida".

Quem quiser ler a crônica inteira pode me mandar o e-mail nos comentários que encaminho.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago



Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Em 1998, Saramago ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa. (Fonte: UOL notícias - internacional)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desabafo a la Macunaíma


Ando tendo alguns problemas com vacas brabas, da raça Guzerá muito brava. Do tipo que esconde o leite e faz pirraça.

Diante de uma dessas, Macunaíma faz uma oração assim:

"Valei-me Nossa Senhora,
Santo Antônio de Nazaré,
A vaca mansa dá leite,
A braba dá se quisé!"

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ah! A Copa!



Ok, brasuquinhas, vocês já aprenderam a tocar a corneta! Agora vamos brincar de fazer barulho lá na África?







Aaaaahhhh! Preciso ler 160 páginas!

Há controvérsias...

Depois de 15 dias de TPM e nenhuma chance de gravidez, ficar menstruada só dá cólica mesmo.

A outra versão: donadecasaporacaso.blogspot.com/2010/05/blog-post.html

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Fui dormir...

... mas deixo para vocês uma crônica de Moacyr Scliar para a Folha de São Paulo.

Aquele estranho hábito, dormir

O que o bisavô queria dizer com isso? O velho tenta explicar: a gente via coisas, pessoas que não existiam

Paulistanos dormem cada vez menos, segundo pesquisa. "São Paulo é uma cidade "24 horas", cheia de atividades sociais e profissionais. Isso pode colaborar para a redução das horas de sono", diz o biólogo Rogério Santos-Silva, da Universidade Federal de São Paulo, um dos autores do estudo, que será publicado na "Sleep Medicine". A empresária Deborah Sollito Ventura, 47, trocou o dia pela noite. "Comecei a levar trabalho para casa porque gosto da madrugada. Faz anos que não durmo as oito horas recomendadas", diz. "Hoje, as pessoas vão ao supermercado de madrugada. Há muitas opções de baladas, bares. Ninguém sacrifica o lazer, é mais fácil sacrificar o sono", diz o pneumologista Maurício Bagnato, responsável pelo setor de medicina do sono do Hospital Sírio-Libanês. Folha.com

""DORMIR, TALVEZ sonhar". Shakespeare, Hamlet. São Paulo, em uma noite do ano de 2080.
Um garoto aproxima-se de seu bisavô, que já passou dos cem anos.
Tem uma pergunta para fazer, uma pergunta curiosa e, ao mesmo tempo, inquieta.
- É verdade -pergunta- que quando você era criança as pessoas dormiam?
O bisavô suspira.
- Sim -responde- é verdade.
Quando eu era menino, as pessoas dormiam; dormiam poucas horas, mas dormiam. A resposta não satisfaz o garoto, que continua intrigado. Pedindo desculpas pela insistência, volta à carga:
- Mas o que era isso, essa coisa de dormir?
O ancião suspira de novo. Obviamente não sabe, não consegue, explicar algo do qual pouco se lembra, mas bisavôs têm a obrigação de educar os bisnetos, e ele ao menos tentará.
- Dormir era o seguinte: quando chegava a noite, a gente tirava a roupa, vestia uma coisa chamada pijama, e íamos para a cama. Olhávamos um pouco de televisão, que era a forma de mostrar imagens naquela época, depois desligávamos o aparelho, fechávamos os olhos e adormecíamos.
O garoto está assombrado:
- Mas o que vocês faziam quando estavam dormindo?
O ancião sorri:
- O que fazíamos? Nada. Quer dizer: fazíamos alguma coisa, sim.
A gente sonhava.
Agora o garoto não entende mais nada. Sonhar? O que o bisavô queria dizer com isso? O que era sonhar? O velho tenta explicar: a gente via coisas, pessoas que não existiam.
- E era bom?
- Era. Quase sempre era. Às vezes os sonhos se transformavam em pesadelos, mas, em geral, a gente gostava de sonhar.
O garoto fica um instante em silêncio. E aí faz a inevitável pergunta, a pergunta que, para ele, é muito mais importante do que imagina:
- E se você pudesse sonhar hoje, com o que sonharia?
Eu sonharia com a época em que se podia dormir e sonhar é a resposta que de imediato ocorre ao bisavô.
Mas, claro, não é o que ele diz: a última coisa que quer é parecer saudosista.
- Eu sonharia com um bisneto que não me fizesse tantas perguntas.
O garoto ri, despede-se e sai. A noite é uma criança e ele ainda tem muito o que fazer.

MOACYR SCLIAR escreve nesta coluna, às segundas-feiras, um texto de ficção baseado em notícias publicadas no jornal.

moacyr.scliar@uol.com.br

Em débito



Como vocês podem perceber, preciso ler 100 páginas atrasadas (não que vocês consigam calcular, mas o contador não tem mudado muito, certo?).

Estou na correria na faculdade, como em todo final de semestre. No entanto, espero conseguir colocar tudo em dia com os estudos de Zoologia para a prova da próxima quarta-feira (16/06).

Caso a coisa saia do meu controle, penso em pedir ajuda aos universitários. Será que posso? Se alguém estiver com disposição e quiser me doar créditos, será muito bom! :)

Queijinho nosso de cada dia...

O Polenguinho foi a minha descoberta do ano!
Santo salvador do lanche e protetor da dieta!
Gostoso e fácil de carregar!
Apenas 71 kcal por unidade (20g)!

sábado, 5 de junho de 2010

Tá frio, mas tá esquentando!

Com esse frio todo, fica difícil de acreditar. Mas tá esquentando sim!








Viva o aquecimento global!


Para mais informaçãoes: http://www.cptec.inpe.br/ e http://www.inmet.gov.br/

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre gostar de ler


Sim, eu gosto de ler! Sem querer parecer cult ou qualquer coisa do tipo.

Sempre gostei de ler tudo que via pela frente: placas, rótulos, revistas. Meu pai conta, por exemplo, que quando eu tinha que esperar alguma consulta, aos 3 anos de idade, folheava as revistas e assim ficava quietinha. Depois passei para a Turma da Mônica, de que gosto até hoje.

Na escola, descobri a biblioteca e os livros com uma amiga, que lia no mínimo 2 livros por semana. Os mais lidos, claro, eram da coleção Vagalume. Na época, a gente procurava os títulos em um monte de gavetinhas-arquivo, com a ficha de cada livro (título, autor, data, às vezes, um breve resumo).

Até hoje, as bibliotecas me fascinam, seja pelo cheiro, pelas pessoas, pelos livros. A biblioteca pública (a da Praça da Liberdade) tem pesquisa pelo computador, aula de informática para a terceira-idade, contadores de histórias nas manhãs de sábado no setor infanto-juvenil, cheiro de livro antigo, lançamentos, funcionários bacanas e gente de todo tipo. E ainda mantém lá as gavetinhas com as fichas - o que me atinou sobre a passagem do tempo certo dia desses.

Eu não leio, portanto, por obrigação. Leio por gosto. Às vezes porque estou sem sono, e aí vou lendo até que não sei mais em que linha estou e as letras já não formam palavras. Daí, tenho que ler tudo de novo no dia seguinte. Ou então vou lendo por curiosidade, como hoje: li 120 páginas de uma só vez.

Sendo assim, acabo de confessar que minha meta de 30 páginas/dia não é nenhum sacrifício, embora o fator tempo não esteja muito a meu favor. Que sirva de incentivo a outras pessoas!

Agora vou lá, que preciso terminar o livro!

PS: o livro que não consigo parar de ler é de Ariel Dorfman, sobre a Avareza, da Coleção Plenos Pecados.

(na imagem, campanha portuguesa de 2007)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fazer nada


Aproveito o feriado friiiio para uma leitura gostosa, acompanhada de chocolate quente e edredon. Uma boa e preguiçosa leitura. Não há nada mais que eu queira fazer com mãos e pés gelaaados!

Seria profundamente bom se assim fosse, se pudéssemos escolher o que fazer, sem obrigações, por puro prazer. No entanto, a chance que tenho é curta, enquanto não há pressão e a agenda não está por perto.

Deixo Nietzsche para mim e para quem queira:

"E vós, para quem a vida é trabalho e inquietação furiosos - não estais por demais cansados de viver? Não estais prontos para a pregação da morte? Todos vós para quem o trabalho furioso é coisa querida - e também tudo o que seja rápido, novo e diferente - vós achais por demais pesado suportar a vós mesmos; vossa atividade é uma fuga, um desejo de vos esquecerdes de vós mesmos. Não tendes conteúdo suficiente em vós mesmos para esperar - e nem mesmo para o ócio."

Entreguemo-nos à felicidade suprema do fazer nada. "Porque só podem se entregar às delícias da contemplação aqueles que fizeram as pazes com a vida e não se esqueceram dos seus próprios desejos" (Rubem Alves).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pra escanteio


Existem assuntos que não despertam muito o meu interesse. Um deles é o futebol. Só que, inevitavelmente, a bola rola quase toda quarta-feira nas proximidades. Daí, não tem como não saber que tem jogo, assim como não dá pra fingir que os fogos não atrapalham as aulas e que morro de medo de ir pra casa nesses dias.

Diante disso, passei a torcer contra os times da casa. "Se eles perdem, a chance de voltarem ao Mineirão são menores", pensei. Mas se acaba um campeonato, logo começa outro, com toda a empolgação, a algazarra e, nunca se sabe, a violência e o desrespeito.

Felizmente, nada me aconteceu nesses dois anos e meio pegando ônibus tarde da noite. Mesmo quando o jogo é grande e o estádio fica lotado. O que me levou a pensar que esse meu pensamento negativo a respeito do esporte possa ser sinal de pura inveja da felicidade alheia. Porque não existe, além da religião, nenhum outro elemento tão capaz de reunir tanta gente numa mesma causa. Na torcida, o sentimento é compartilhado, todo mundo vibra, todo mundo sofre, todo mundo espera que o melhor aconteça. Mesmo com alguns jogadores de destaque, o jogo se faz graças ao desempenho das equipes. Enquanto um lado comemora, o outro culpa o juiz, o técnico, o mal tempo. Mas todos sempre juntos e dispostos a voltar na semana seguinte.

Quase ninguém se preocupa, nessas circunstâncias, com vazamento de óleo, corrupção, atentado, inflação, juros. Menos ainda querem saber das minhas aulas de estrela-do-mar, peixe, passarinho, sapo, tartaruga, crocodilo. Estudar pra quê?



Adendo:

Sobre a dedetização e os sem lar

Se a barata e a formiga não vão mais querer entrar na minha casa... Pô! Nem eu!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Start

Qual o seu volume diário de leitura?

De acordo com a pesquisa - Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro e aplicada pelo Ibope, com metodologia internacional referendada pela Unesco - o índice nacional de leitura (toda a população brasileira acima de cinco anos, incluindo os analfabetos) chegou, em 2008, a 4,7 livros lidos por habitante/ano.

Pensando nisso, resolvi estipular para mim, um mínimo de 30 páginas de qualquer coisa, a serem lidas por dia. Porque não quero mais ser uma alienígena alienada como vinha sendo. E porque não gosto de assistir aos telejornais. Também porque é uma forma de me achar, me segurar, me curar, me posicionar.

Não me obrigarei a postar todos os dias, mas atualizarei o contador de páginas lidas sempre. Caso eu não atinja o mínino previsto, ficarei em débito no dia seguinte. No entanto, se eu tiver crédito de páginas, terei que ler mais 30 do mesmo jeito.

Não faço ideia dos possíveis resultados dessa meta. Nem fiz questão de pré-estabelecê-los. Vamos ver no que dá.

Há uma frase antiga de Fritz Perls que diz: “Para ser solto no mundo, há de se ter uma disciplina rígida”. Se eu acredito, eu tento!