quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Fada madrinha



Sim! Eu tenho uma fada madrinha muito especial! Uma daquelas que aparece, vê o meu sofrimento e, Plim!, dá um puxão de orelha, manda ter garra e encarar o que vier pela frente. O problema é que a gente fica num perto-longe sem medida. Ainda assim, dá pra saber se eu estou bem e ela não tá, se ela está e eu não, ou estamos e não estamos.

Se eu for parar pra medir o que aprendi com essa minha fada, não pode ser em qualquer escala. Por que por mais que ela seja durona e teimosa, sempre entendi, aceitei, chorei às vezes, mas cresci. Afinal, que fada madrinha já se viu por aí fazendo papel de pai, mãe e amiga?

A minha fada madrinha está aí para garantir que eu realize os meus sonhos. Sei que "se eu quiser vê-los se tornar realidade, tenho que correr atrás, focar nos meus objetivos e não desperdiçar energia com o que não é importante. E tenho certeza de que mesmo que eu nunca chegue onde desejei, cada vitória encherá a minha vida de felicidade e fará o caminho valer a pena".

Vamos vivendo um dia de cada vez. O ontem já passou e amanhã temos outra chance.

Que os seres encantados, duendes, fadas e flores dancem conosco!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cem anos de solidão


Hoje, só amanhã
Viva, mas não por muito tempo
Feliz, embora triste (hoje)
Cansada e sem ânimo
Descrente
Carente
E só


Quarta-feira é dia de vaca braba plus!

domingo, 26 de setembro de 2010

De que adianta a espera de alguém?


Onde Ir
Vanessa da Mata

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou
Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem

Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas
Seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside
Dentro, em mim
Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

TPM desvairada

A Lagoa está suja, caramba!

Por que é que ao invés de fazer cooper, tomar uma cerveja e comer um tira-gosto, ou sei lá mais o quê na orla, a gente não brinca de dar um jeito nessa porcaria? Está feio de ver e impossível de suportar o cheiro. Quem mora lá tem dinheiro e poder pra mudar isso e, no entanto, só deixa a casa fechada. Quem frequenta, reclama e culpa qualquer um por aí.

Fato: se não temos controle nem sobre o destino da nossa bosta, vamos fazer o quê com esse depósito de merda que é nosso cartão postal?

Respeitemos ao menos o Dia Mundial Sem Carro - 22/09!!!

Pronto, falei!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sem contra indicações

São muitas as preocupações com minha TPM de infinitos dias...

Olha aí um bom remédio!

Alguém ainda vive sem o Google?

ENTREVISTA NICHOLAS CARR

A internet obriga a pensar de forma ligeira e utilitária

JORNALISTA QUESTIONA SE O GOOGLE AFETA A INTELIGÊNCIA HUMANA E RECOMENDA RESTRINGIR O USO DE COMPUTADORES NAS ESCOLAS E EM CASA

John Todd/ Bloomberg
O jornalista Nicholas Carr participa de palestra em San Francisco

MARCELO LEITE
DE SÃO PAULO

Nicholas Carr cutucou a onça da internet com um argumento longo e bem-desenvolvido no livro "The Shallows -What the Internet is Doing to Our Brains" (que poderia ser traduzido como "No Raso -O que a Internet Está Fazendo com os Nossos Cérebros" e será lançado no Brasil pela Agir).
Em poucas palavras, a facilidade para achar coisas novas na rede e se distrair com elas estaria nos tornando burros. O livro já vendeu mais de 40 mil cópias nos Estados Unidos. Está sendo traduzido em 15 línguas.
Carr recusa a pecha de alarmista, mas sua preocupação com as "tecnologias de tela" é tanta que ele recomenda a restrição do acesso de alunos à internet nas escolas. Não descarta que a rede possa evoluir para a veiculação de ideias menos superficiais, mas tampouco vê indícios de que irá nessa direção. Leia abaixo trechos da entrevista telefônica dada por Carr da casa de parentes em Evergreen, Colorado, onde se refugiou depois de evacuado por força de incêndios florestais perto de sua casa nas montanhas Rochosas.


Folha - O livro deplora a internet como ameaça à mente formada pela invenção de Gutenberg, que nos deu o Renascimento e o Iluminismo. Mas Gutenberg também não destruiu a mente e a filosofia medievais? Ou seria mais preciso dizer que as invenções amplificam e continuam a cultura do passado?
Nicholas Carr - Toda tecnologia de comunicação e escrita traz mudanças. Isso é verdadeiro mesmo para o período anterior a Gutenberg, com a invenção do alfabeto, pela maneira como alterou a memória humana e nos deu maior capacidade de intercambiar informação. A internet, assim como tecnologias anteriores, amplifica certos modos de pensar e certos aspectos da mente intelectual, mas também, ao longo do caminho, sacrifica outras coisas importantes.

Se a leitura e a reflexão profundas estão em risco, como explicar o sucesso de coisas como o Kindle e seu livro?
As coisas não mudam de imediato. O número ao menos dos que leem livros sérios vem caindo há um bom tempo, mas haverá pessoas lendo livros por muito tempo no futuro. Meu argumento é que essa prática está se mudando do centro da cultura para a periferia, e as pessoas começam a usar a tela como sua ferramenta principal de leitura, não a página impressa. Acho também que, à medida que mudamos para dispositivos como Kindle ou iPad para ler livros, mudamos nossa maneira de ler, perdemos algumas das qualidades de imersão da leitura.

O que pode ser feito em termos práticos e individuais para resistir a tal tendência?
Não escrevi o livro para ser do tipo de autoajuda. A mudança que estamos vendo faz parte de uma tendência de longo prazo, na qual a sociedade põe ênfase no pensamento para a solução rápida de problemas, tipos utilitários de pensamento que envolvem encontrar informação precisa rapidamente, distanciando-se de formas mais solitárias, contemplativas e concentradas.
Por outro lado, como indivíduos, nós temos escolha. Mesmo que a desconexão se torne mais e mais difícil, pois a expectativa de que permaneçamos conectados está embutida na nossa vida profissional e cada vez mais na visa social, a maneira de manter o modo mais contemplativo de pensamento é desconectar-se por um tempo substancial, reduzindo nossa dependência em relação às tecnologias de tela e exercendo nossa capacidade de prestar atenção profundamente em uma única coisa.

As escolas deveriam restringir o uso da internet pelos alunos, em lugar de se lançar de cabeça na tecnologia?
Sim. Nos EUA tem havido uma corrida para considerar que computadores na escola são sempre uma coisa boa, até mesmo uma confusão da qualidade do ensino com o tempo que os alunos passam conectados. É um erro.
Certamente os computadores e a internet têm um papel importante a desempenhar na educação, e as crianças precisam aprender competências computacionais, a usar a internet de maneira eficaz. Mas as escolas precisam perceber que essa é uma maneira de pensar diferente de ler um livro. É preciso dar tempo e ênfase, no ensino, para desenvolver a capacidade de prestar atenção em uma única coisa, em vez de mover sua atenção entre diversas coisas. Isso é essencial para certos tipos de pensamento crítico e conceitual.

O sr. consideraria a internet responsável pela epidemia de casos de transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH)?
Não tenho certeza de que a ciência sobre isso seja definitiva, ainda. Há indicações de que as tecnologias que as crianças usam, de videogames a Facebook, possam contribuir para TDAH. É algo que precisa ser mais estudado. Para os pais preocupados com a capacidade de seus filhos de manter a atenção, poderia ser apropriado restringir as tecnologias.

A TV e o rock também já foram acusados no passado de ameaçar os intelectos jovens, mas não há carência de novos escritores e artistas.
Sempre que uma tecnologia nova e popular aparece, há pessoas que adotam uma visão exageradamente otimista, de uma utopia social, e pessoas que adotam uma visão exageradamente negativa, de que ela vai destruir a civilização. No livro tento não adotar uma visão unilateral da tecnologia, porque acho que ela tem muitas coisas boas, do acesso mais fácil à informação até novas ferramentas para autoexpressão.
Meu temor é que, na medida em que empurramos celulares, smartphones e computadores para as crianças em idades cada vez mais precoces, elas não venham a desenvolver as habilidades mentais mais contemplativas e atentas. Isso seria uma grande perda para a cultura, pois a expressão artística requer reflexão mais calma, tranquila, introspectiva.

É concebível que a internet possa mover-se numa direção que combine os poderes da informação visual com os do texto para promover pensamentos em profundidade?
Tudo é possível, mas cada tecnologia que usamos para fins intelectuais tem certos efeitos e reflete um conjunto particular de premissas sobre como devemos pensar. A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários, voltados para a solução de problemas, que encoraja as multitarefas e a rápida transmissão ou recepção de migalhas de informação. A tecnologia pode mudar rapidamente, mas não vejo razão para pensar que vá [noutra direção].

domingo, 19 de setembro de 2010

No meio do caminho


Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha um Pedrão
tinha um Pedrão no meio do caminho
no meio do caminho tinha um Pedrão

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esperança...


"Muda, que quando a gente muda
o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente.
...
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
..."


Do the Evolution

Pearl Jam

I am ahead, I am advanced
I am the first mammal to make plans, yeah
I crawled the earth, but now I'm higher
2010, watch it go to fire
It's evolution, baby
It's evolution, baby
Do the evolution
Come on, come on, come on

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Constatação



"Se as pessoas matam os animais, é porque elas são terríveis."









Li no ônibus - projeto Leitura para Todos, concurso "Eu sou a Natureza", para alunos, pais, professores e funcionários de 33 escolas de BH.

Chocolate meio amargo


As melhores opções de chocolate são aquelas com menos teor de gordura e açúcar, como os amarrrgos, meio-amargos e com maior teor de cacau. Afirma-se que o consumo regular e controlado do chocolate carrega mais benefícios — como ajudar a evitar doenças cardiovasculares e melhorar o humor — do que prejuízos à saúde.

Será?!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

TOD


Transtorno Obsessivo Divertido

Eu gosto de números e da interação entre eles. Gosto de álgebra, incógnita e variáveis. Não a ponto de estudar matemática... mas... eu gosto!

Não deixa de ser um transtorno, porque não são muitos os amigos dos números e também porque me distrai bastante.

Obsessivo, sim! Faço as mais estranhas associações sempre que vejo algarismos na minha frente.

E divertido? Ah! Ainda bem!

Como hoje, por exemplo, dia 8.9.10!

Foi um dia em sequência de mil coisas, que terminou 10!

Desmaiada de cansada, mas me divertindo um tiquim...

Sentir e saber


É tão estranho...

Pra eu sentir e saber que sou um tanto bem maior, primeiro eu preciso ter consciência de que sou coisa nenhuma.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência ou Morte!


Estou com um grito entalado na garganta, seguro por um tênue fio, pronto pra arrebentar.
Não toco no assunto pra não correr o risco.
Falta pouco! Mas também falta força!
Tem energia sendo desviada e me esgotando.
Com um pouco mais de coragem, faria como meu amigo Pedro...

Enquanto isso, vamos de Drummond e? Moacyr Scliar...

Poema de sete faces
Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do -bigode,

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.



O que é, mesmo, independência?
Moacyr Scliar

Às margens do Ipiranga, todos gritaram vivas e partiram; o carreteiro ficou intrigado com aquela cena


AQUELE 7 DE SETEMBRO foi, para o carreteiro que aparece na famosa tela do Pedro Américo, um dia de trabalho duro. Foi com enorme esforço que conseguiu acomodar na carreta as enormes e pesadas toras que tinha de transportar; levou horas fazendo isso.
Exausto, com dor nas costas, tudo o que queria era entregar as malditas toras, voltar para sua humilde choupana, comer alguma coisa e dormir. No caminho, porém, a surpresa; de repente, deu com um grande grupo de cavaleiros parados no alto da colina.
Não era da região, aquela gente; o carreteiro não conhecia nenhum deles. Estavam muito bem vestidos e montavam garbosos cavalos, os cavalos que o carreteiro sempre sonhara atrelar à sua carreta no lugar dos vagarosos bois.
Aquele que parecia ser o chefe estava lendo alguma coisa, uma carta, talvez, e que, pelo visto, acabara de lhe ser entregue. Ao terminar, resmungou algo, puxou a espada e gritou: "Independência ou morte!". Entusiasmados, todos gritaram vivas e arrojaram para o ar seus chapéus. Depois partiram a galope.
O carreteiro fez a entrega das toras e seguiu para casa, ainda intrigado com a cena que tinha visto.
A mulher esperava-o. Solícita como sempre, e obediente à rotina, perguntou ao marido como havia sido o seu dia.
Normalmente ele rosnaria uma resposta qualquer; mas, por alguma razão, resolveu contar o que tinha visto às margens do Ipiranga: "Era gente fina, todo o mundo a cavalo. Veio um mensageiro e entregou para o chefe deles uma carta. O homem leu, fechou a cara, depois puxou a espada e gritou: "Independência ou Morte'".
Que coisa, murmurou a mulher, impressionada:
- "Independência ou morte". Você tem ideia do que ele quis dizer com isso?
O carreteiro dá de ombros:
- Nenhuma ideia.
E olhou-a, irritado:
- Escuta, mulher, quem sabe você para com essa conversa fiada e me dá alguma coisa para comer? Você é idiota mesmo, não vê que estou morrendo de fome?
Ela foi para a cozinha, preparar um prato de arroz com feijão. Mas aquela coisa de "Independência ou morte" não lhe saía da cabeça. Suspirou: um dia descobriria o significado dessas palavras. E quem sabe, então, sua vida mudaria.

moacyr.scliar@uol.com.br

domingo, 5 de setembro de 2010

Vejo cores em você!




O colorido é você quem faz!


Um conselho ecológico?

A água que não é de beber,
a gente deixa correr.

Um beijo para o meu querido Rapha...

Imagem, espaço negativo, de Noma Bar em parceria com Tanya Holbrook.