domingo, 22 de maio de 2011

Entrei no escafandro e não consigo sair. Alguém me tira daqui?!

O escafandro é aquela "vestimenta impermeável e hermeticamente fechada, provida de um aparelho respiratório, e própria para o mergulhador permanecer muito tempo no fundo da água". Diferente de "Epistemologia", palavra que não sei definir, mesmo com a ajuda de um dicionário ou de imagens. Mas é claro que não comecei este post pra isso! Preciso contar das minhas tristezas, infelizmente. O que não é nada fácil...

Há cerca de três semanas não consigo terminar os trabalhos de faculdade, não quero ir à aula, tirei férias por minha conta e risco. Tudo que diz respeito ao Design me faz tremer, dá dor no estômago e na cabeça... Pra piorar, tenho a sensação de que carrego pesadas energias negativas nos ombros. Por não querer passar isso pra ninguém, tenho dado bolo em grandes amigas, tenho tentado proteger as crianças e as pessoas com quem trabalho, meus cachorros e minhas plantas, tenho me trancado em mim mesma. Sempre fui desse tipo, embora tenha aprendido que desabafar ajuda a encontrar soluções.

Parece estranho, porque um dos posts anteriores cospe felicidade por aí. Estou dançando, andando de carro pra onde quero, trabalhando com o que gosto, formando, pensando em casa nova... Decerto, dizem as pessoas que quem tem tudo, não tem felicidade! Como essas máximas me irritam!

Nesse período, recebi carinho de pessoas inesperadas, críticas e queixas dos meus pais, comentários das pessoas ao meu redor... tentei, tentei emergir desse meu "fundo do poço", sem muitos resultados positivos. Prometo que continuarei tentando, de gotinha em gotinha de floral...

Epigrama n. 2
de Cecília Meireles

És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.

Um comentário:

  1. Você passou bravamente por essa deprê-crise-de-ansiedade e agora sou eu quem luto pra sair disso. Ô, semestre dos pesadelos... Tanta coisa dando errado pra mim duma vez...
    O pior de tudo é que essas atribulações todas nem me deixaram ver o quanto você tava mal, e fiquei triste ao saber disso... Me desculpe...

    Eu percebi que, pra mim, o ditado é:
    Depois da bonança, sempre vem a tempestade - com muitos raios.

    Eu teimo em acreditar que:
    Não há bem que sempre dure nem mal que para sempre perdure.

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