domingo, 28 de novembro de 2010

Mais descobertas

Nessa onda natureba, encontrei mais duas comidinhas fantásticas.

1- Semente de girassol: Com 35% a 45% de óleo, as sementes são um petisco nutritivo, mas pouco disseminado. A semente é riquíssima em gordura poli-insaturada, que ajuda no controle do colesterol (aquele do mal). Depois de torrada, é muito rica também em nutrientes como vitaminas E, D e do complexo B, selênio, fósforo e potássio. Apresenta ainda a função de antioxidante e é recomendada para pessoas que apresentam cãibra, devido à presença de fósforo e potássio. Moída, é usada em farinhas que compõem a merenda escolar para combater a desnutrição, já que possui aminoácidos essenciais. Mas cuidado! Esse é um ingrediente calórico. Em cada 100 gramas, há 571 calorias.



2- Molho pesto: só porque tem manjericão (faço mudinha pra quem quiser) e é bom. Acompanha pão de queijo, torradinha, pãozinho de batata. E pode ser usado também como molho de macarrão. Huumm!

3 gerações na cozinha

Receita da semana: bolinho de soja e quinua

Bom... depois de semanas tentando descobrir um substituto para o tão prático caldo Knorr, desencavei do armário da cozinha um processador talvez mais antigo do que eu.

Antes de continuar, porém, vamos ver o que é que tem no caldo de galinha Knorr: sal, gordura vegetal, amido, açúcar, cebola, carne de galinha, cúrcuma, alho, salsa, pimenta-do-reino branca, realçadores de sabor glutamato monossódico e inosinato dissódico, aromatizantes e corante caramelo. Consideremos dispensáveis os ingredientes em negrito, certo?!

Então... coloquei no processador alguns ingredientes iguais ao do quadradinho de tempero pronto, como cebola, sal, pimenta-do-reino (preta), alho, além de noz moscada e cebolinha. Fantástico! O processador é o cara!

Com o tempero do bolinho resolvido, o resto foi bem fácil. A fritura é que eu já sabia que seria um problema. E foi! Raramente fritamos coisas aqui em casa e na casa da minha avó também. Mesmo assim, insisti em continuar a receita na casa dela. Eram duas experts (mãe e avó) tentando mostrar pra aprendiz aqui como fazer um bolinho não desmanchar. Tá cru por dentro, abaixa o fogo. Tá desmanchando, o óleo não tá quente o bastante. Ah nem!

Desistimos todas! A massa foi pro forno. E ficou até melhor, sem gordura, sequinha. Até meu avô comeu!

sábado, 27 de novembro de 2010

Meus melhores amigos


Criar cachorros é uma escolha pra quem tem coragem - porque eles são como filhos que adotamos, mesmo sabendo que, se tudo ocorrer dentro da normalidade, eles vão viver bem menos que a gente.

Eles chegam em casa como floquinhos pequenos, fofos e inofensivos. Arrancam sorrisos e ônh's de todo mundo. Logo começam a tomar conta do pedaço e mostrar as garras, ou melhor, os dentes. Estréiam todos os cômodos da casa com xixi e cocô... além de mastigarem tudo, absolutamente tudo, o que estiver ao alcance - sapato, cadarço, pé da cadeira, tapete, chinelo, meias, plantas. Ah! A gente enlouquece e tem vontade de pegar aquela bolinha de pêlo e mandar longe. Mas eles têm uma carinha...

Assim que crescem, começam a demonstrar sua personalidade. No caso dos meus, um mais manhoso, como eu, e o outro bem alegre e fissurado com a bolinha. A gente vai descobrindo as manias um do outro, adequando espaços pra caber todo mundo, planejando viagens que os incluam e divirtam. Então o sofá já não é só meu e é melhor dormir sem me mexer muito pra não chutá-los pra fora da cama.

Hoje, tenho cães idosos, de 9 anos humanos ou cerca de 52 anos caninos de acordo com uma tabela comparativa. É doído perceber o envelhecimento deles: um olhar embaçado e mais cansado, um pedido novo de carinho... Porque eles ainda são bem ativos e alegres e, talvez mais companheiros do que nunca.

Não há muito o que fazer, a não ser curti-los até a última ponta e continuar dividindo meu prato de salada com eles... sim! eles adoram salada (cenoura, alface, tomate, pimentão, cebola, rabanete, rúcula, espinafre, agrião) e também banana, biscoito de polvilho, pão de queijo...

Ah! Bom mesmo seria se pudéssemos parar o tempo para os filhos da gente!

Para gostar de ópera


¿Ves cómo te gusta la ópera?

Aproveitando o clima natalino e considerando as minhas leituras religiosas atuais, quero divulgar (sem fins lucrativos e sem saber se vale a pena ou não) a apresentação do oratório Messias, de Händel, nos dias 13 e 14 de dezembro, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

A obra foi a primeira apresentação realizada pela Fundação Clóvis Salgado, na inauguração do Grande Teatro do Palácio das Artes, em 13 de março de 1971. Em 2010 o concerto é executado novamente em comemoração aos 40 anos da Casa.

Tradicionalmente apresentado na época do Natal, o oratório terá a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o Coral lírico de Minas Gerais, sob regência do maestro Roberto Tibiriçá. Além dos dois grupos profissionais da Casa, participam também os solistas convidados Rosana Lamosa, Denise de Freitas, André Vidal e Sávio Sperandio. As musicista Rosana Lanzelotte e Cenira Schreiber acompanham o oratório tocando cravo e órgão, respectivamente.

Messias é a mais famosa criação de Händel e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. Narra a vida de Jesus Cristo e foi inspirado no livro do Antigo Testamento da Bíblia, além da compilação de textos dos Profetas, Salmos, Evangelhos, Epístolas Paulinas e Apocalipse. O libreto escrito por Charles Jennens tinha como base o texto em inglês da Bíblia, e o objetivo de combater o ataque de críticos contemporâneos deístas ao cristianismo.

Ária (Soprano) - Romanos 10:15

How beautiful are the feet of them
Quão formosos são os pés daqueles
that preach the gospel of peace,
que pregam a paz,
and bring glad tidings of good things!
e trazem as boas novas de perdão!

Comprovação

Depende da posição...
Segundo estudos recentes:

parado em pé, fortalece a coluna;
de cabeça baixa, estimula a circulação do sangue;
de barriga para cima é mais prazeroso;
sozinho, é estimulante, mas egoísta;
em grupo, pode até ser divertido;
no banho pode ser arriscado;
no automóvel, é muito perigoso...
com frequência, desenvolve a imaginação;
entre duas pessoas, enriquece o conhecimento;
de joelhos, o resultado pode ser doloroso...

Enfim, sobre a mesa ou no escritório,
antes de comer ou depois da sobremesa,
sobre a cama ou na rede,
nus ou vestidos,
sobre o sofá ou no tapete,
com música ou em silêncio,
entre lençóis ou no "closet":
sempre é um ato de amor e de enriquecimento.



Não importa a idade, nem a raça, nem a crença, nem o sexo, nem a posição socioeconômica...

...Ler é sempre um prazer...!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Para não esquecer

Por mais corrida que a vida seja, a leitura tem sido meu melhor refúgio e minha companhia nos finais de semana solitários.

Não, não devo passar nem mais um dia sem 30 páginas e sem dançar. Não compensa!

"... sem a Paz e sem a calma não é possível existir sabedoria, nem felicidade."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Encaixe

"Sei o que é ser acossado por alguém que amo e odeio." [Irvin D. Yalom]

Já disse a ele sobre o que mais sinto falta. Aqui está agora: o encaixe de colherzinhas...

Colherzinhas
Moacyr Scliar
O jeito que um casal dorme não basta para mandá-lo ao divã (ou ao advogado). Mas que o corpo fala, fala, e existe uma psicologia das posições dos casais na cama. A posição "colherzinha", por exemplo, é a expressão óbvia de que os dois se encaixam. "É o mesmo que dizer: completamos um ao outro", diz o historiador Marcos Tadeu Cardoso. "Gostar de dormir assim, mesmo que só no início da noite, significa aconchego", lembra a psicóloga Marina Vasconcellos.
EQUILÍBRIO, 16 DE NOVEMBRO DE 2010

QUANDO ELES SE DERAM CONTA de que a posição que adotavam para dormir tinha um significado psicológico importante, ficaram extasiados. Recém-casados, sabiam que se amavam muito. Mas não tinham pensado que seus próprios corpos exprimiriam isso. Eles eram as colherzinhas; tais como as colherzinhas na gaveta de talheres, encaixavam-se maravilhosamente um no outro. Dormiam acolherados, como dizem os gaúchos. E a partir daí passaram a chamar um ao outro de "colherzinha". Os amigos achavam graça, mas a verdade é que eles eram o exemplo do casal perfeito.
Contudo, as coisas mudam. Já no final do primeiro ano de casamento começaram as brigas. Descobriram que não eram tão parecidos assim, que seus gostos diferiam muito.

O resultado disso é que, na cama, já não adotavam a posição de colherzinha. Ficavam os dois de costas um para o outro. Ele roncava, e ela, impaciente, o cutucava com os dedos, que pareciam os afiados dentes de um garfo. Ele respondia com frases agressivas, cortantes como a lâmina de uma faca afiada. Acabaram se separando. Ela ficou com o apartamento, onde agora dormia sozinha numa cama de casal que subitamente se tornara imensa. Ele se mudou para outra cidade e não dava notícias.
Ela aguentava firme, mas um dia desabou. O dia em que, abrindo a gaveta dos talheres, viu as colherzinhas perfeitamente encaixadas umas nas outras. A imagem da harmonia, a imagem do amor.

Pensou em mudar de país. Pronta para viajar, bateram à sua porta.
Era uma entrega para ela.
A bela caixa de veludo, ela abriu com os dedos trêmulos. Ali, amarradas com um caprichado laço de fita, estavam duas reluzentes colherzinhas, devidamente encaixadas.
A campainha voltou a soar. Ela correu para abri-la. Sabia que a felicidade estava chegando.

domingo, 21 de novembro de 2010

E isso é tudo...

Todo texto tem seu momento.

A brincadeira a seguir foi feita há pouco mais de um mês, quando eu esbanjava esse meu muito amor ao léu. Embora eu saiba intuitivamente que nunca fomos um e sim duas pessoas bem diferentes, dói pensar que talvez nem sejamos amigos.

O que é, o que é?

Que não é só desejo? Que não é por uma noite, ou por 2 ou 3? Que me faz querer saber de você (e você de mim?)? Essa busca pelo seu cheiro? Essa ânsia pelo seu carinho? Essa minha alegria infantil que vejo refletida em seus olhos?



Não! Não era amor, mas no mínimo carinho.
Me dê uma razão para admirá-lo!

Adendo 1: Qual é o cúmulo do amor?
R- Casar com um pão e morrer de fome.

Adendo 2: "A sensualidade é uma cadela que morde nosso calcanhar! E quão habilmente essa cadela sabe mendigar um pedaço de espírito, quando se lhe nega um pedaço de carne." [Nietzsche outra vez]

A prova do Tropeiro

Catar feijão
João Cabral de Melo Neto

Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.


Ao querer comemorar meus dois meses sem carne, resolvi fazer um tropeiro de soja. Fuan fuan fuan fuan... ninguém me avisou que para preparar os grãos de soja eu precisaria de paciência e tempo para descascar grão por grão, praticamente. Passei a manhã por conta disso.

O resto da receita é bem simples, do tipo mistura tudo e pronto. O resultado final, porém, fica sem aquele gostinho de linguiça, toucinho e gordura característicos de um bom tropeiro.

É... fim trágico para os infindáveis grãos descascados... mas gostoso mesmo assim... e muito mais saudável!

Adendo:

Torrei um pouquinho dos grãos no forno, pra substituir o amendoim torrado. Não é tão gostoso quanto, mas não tem colesterol (certo, Íria?!). Comparem as tabelas!
Amendoim torrado

Soja em grão

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dia da Criatividade!

Fiquei sabendo muito tarde, que hoje era (porque praticamente já acabou) o dia da Criatividade! Nem deu tempo de comemorar...

Coincidentemente, li, nesse dia tão bacana, um pensamento de Nietzsche que diz mais ou menos assim:

"Uma árvore precisa enfrentar tormentas para alcançar uma altura digna de orgulho. A criatividade e a descoberta são geradas na dor."

Outro techo mais poético afirma que "é preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante".

Não resisti e tive que roubar essa tirinha do Carlos Ruas (um cara extremamente criativo):

Nietzsche 10

Eu sabia que eles também dançavam!

domingo, 14 de novembro de 2010

Receita vegetariana da semana


Quinoa com legumes...

Grão originário da Bolívia, a quinoa tem alto poder nutritivo, e além da grande quantidade de vitaminas e minerais, é bastante rica em fibras, ferro, fósforo, cálcio, vitaminas B1, B2 e B3 e possui proteína de alta qualidade e baixo teor de colesterol. Base da alimentação no império Inca há mais de 8 mil anos, a quinoa ficou conhecida como grão sagrado.

Mesmo não sendo tão conhecida no Brasil quanto a soja ou a linhaça, é também considerada um grão muito benéfico para a saúde, porque contribui para a prevenção de doenças como câncer de mama, osteoporose e problemas cardíacos. Ajuda, ainda, a melhorar a imunidade e a memória e a recuperar os tecidos.

A receita é simples e a quinoa tem o mesmo gosto e papel do arroz em um almoço. Embora seja cara, rende bastante e satisfaz com pouco.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Manias


Já contei aqui da minha estranha mania com os números (T.O.D. - 08.09.10). Agora, quero falar de mais duas - uma nada normal e a outra, deliciosa.

Então... a primeira é o terrível hábito de catar e plantar toda e qualquer semente que vejo pela frente, independente de onde eu esteja. Já tenho mudas de manga, laranja (ou mexerica?), mamão, caqui, sibipiruna e outras que ainda não sei o nome. Esse costume é interessante porque altera minha maneira de ler os meus trajetos. Passei a me guiar pelas fontes de sementes e até já sei das épocas de floração de algumas espécies. Não se assuste se passar por alguém pegando coisas no chão e olhando pro alto.

A outra é bem nova e está diretamente relacionada à culinária. É que voltei a não comer carne (já fiquei 5 anos sem carne vermelha), excluindo também o frango e o peixe. Acontece que não é nada fácil encontrar alimentos válidos fora de casa ou comer arroz com feijão em casa. Meus pais não deixaram de comer carne junto comigo e, portanto, não fogem das tradicionais refeições salada, arroz, feijão e carne. Precisei, assim, inventar acompanhamentos pra fazer a "mistura" mais atraente. Comecei com brócolis, que gosto muito. Mas eram só ensaios, até eu decidir que aprenderia uma receita vegetariana por semana. Fiz quiche de abóbora (retirando o bacon, claro!), que todo mundo que comeu gostou e patê quente de queijo e cebola, mais específico pra quem gosta (ou não se incomoda com o bafo), mas não menos saboroso. Senti falta de um pouco mais de tempero no patê e aqui entra o ponto positivo de buscar receitas na internet: pessoas comentam e acrescentam dicas.

Achei sementes novas hoje. E não posso esperar pela receita do fim de semana! O que será? O que será?

Ler plantas e receitas deveria adicionar páginas aos meus créditos!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fase de maturação


Já se foram cinco meses desde o começo do blog! O tempo voa! Não me orgulho de estar devendo mais de 1.300 páginas (mais de um mês). Mas já diminui esse débito e tenho lido muito para colocar esses números em dia. A obsessão com o "30" ainda existe.

Esse tempo de blog tem sido interessante porque me leva também ao amadurecimento. Tenho lido livros que não tinha conseguido terminar antes e/ou que li quando era muito nova e não me lembrava de nada, ou nem tinha entendido. Terminei dois deles já: o "Cem anos de solidão" e o "Diário de Anne Frank". Há mais alguns na lista, mas os empréstimos e indicações cresceram muito (graças ao envolvimento!) e me perco em tudo o que quero ler.

Andei pensando sobre o "Envolva-se" e preciso melhorá-lo sempre. Alguns textos não estão coerentes com a proposta do blog, outros ficaram confusos e alguns ainda não apareceram por falta de tempo para escrever. Outro critério que preciso considerar é o meu público alvo. Não quero escrever só para amigos e, portanto, tenho que pensar mais em como seria se meus pais, minha família, minhas professoras e professores e outras pessoas que admiro estivessem lendo os meus posts. Por isso, aceito e espero críticas e comentários dos que me acompanham, certo?!

Para terminar, quero prometer não falar mais em TPM ou em quartas-feiras. O primeiro parece assunto de mulher que está precisando de homem. Não! Estou sozinha, mas não precisando! E o segundo vai continuar existindo: uma quarta-feira ruim, outra boa, assim como as quintas-feiras... Chega de falar disso! Ufa, né?!

Obrigada àqueles que se envolvem! Beijo no coração...