Outro deste, só daqui a dois anos...

Uma vez que o momento é de Bienal do Livro de Minas, o sorteio de maio pergunta:

Você já foi / pretende ir ao Expominas?

Se SIM, o que você achou?

Se NÃO, por quê?

De acordo com o Jornal da Guarani (FM), cerca de 60.000 pessoas já passaram pelo Expominas! Podemos lamentar menos o baixo índice brasileiro de leitura e comemorar o sucesso do evento.

Será, contudo, que o evento garante a qualidade e o conteúdo comercializado?

O mercado editorial experimenta nos últimos tempos um fenômeno já bastante conhecido da indústria fonográfica. A produção de sucessos efêmeros, provocados mais por ações de marketing do que pelos processos seletivos e qualitativos da arte, tem viciado o comportamento dos grandes grupos editoriais, que já não se contentam mais em promover best-sellers - livros que tradicionalmente alcançavam a casa das dezenas e, em casos excepcionais, das centenas de milhares de exemplares comercializados. Eles hoje almejam os chamados mega-sellers - publicações elevadas ao patamar das tiragens milionárias, como, por exemplo, o livro Ágape, do padre Marcelo Rossi, principal atração daquele 7 de setembro na Bienal, cuja editora comemora mais de 6 milhões de cópias vendidas.

Toda Palavra - Reflexões sobre a Bienal do Livro do Rio de Janeiro

Júlio (integrante ex desconhecido do clube), Leiliane e eu

Estive lá na tarde de domingo e encontrei a Leiliane com o Júlio (coleguinha dela), a Luiza (não a que estava no Canadá!) com a mãe, a Heben com o sobrinho (apareceram no Bom Dia Minas) e mais duas vizinhas! Insisti tanto para que todos levassem os coleguinhas, mas acabei indo sozinha... Ainda tenho chance!

 Assistimos ao Café Literário com a Márcia Tiburi e tivemos vontade de mudar nosso Clube de Leitura "da Jane Austen" para "da Márcia Tiburi". Ela é fantástica! Vimos também o Milton Gonçalves, no Livro Encenado. Emocionante! Não percam a oportunidade de acompanhar estes momentos! Eles servem até como um bom calmante dos gastos no cartão! =D

Ah! O livro será o 1808, do Laurentino Gomes, discutido no mês passado. Se eu (alguém?) achar o 1822 baratinho na Bienal, faço sorteio dele também.


Boa sorte!
Beijos.

Proposta (in)decente

O Ministério da Cultura e o BNDES realizam a Bienal do Livro de Minas, do dia 18 ao dia 27 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. Em sua terceira edição, a Bienal pretende incentivar o hábito de leitura, com "muitas histórias pra contar".

Quanto mais eu vejo a programação no site, mais vontade eu tenho de ir. Em todos os dias! 

E tenho duas propostas para os envolvidos:

1. Irmos todos juntos e trocarmos livros?

2. Levarmos no mínimo um acompanhante cada, numa campanha de "envolvidos em massa"?

Vou colocar a enquete no Facebook, mas aceito sugestões por aqui também.

Só não temos muito tempo. Os ingressos já estão sendo vendidos!

Sobre letras e Músicas !

No mês passado consegui ler cinco livros no total, ando envolvida nas leituras, mas decidi escrever sobre um deles, embora descompromissado ele mexeu comigo de uma maneira especial, "Amor em Minúscula do espanhol Francesc Miralles", esse é o segundo livro dele que eu leio, o primeiro eu comprei por acaso, no aeroporto de Brasília e chama-se "Queria que você estivesse aqui" e sim, eu comprei o livro pelo título! Mas foi um bom acaso!

Mas voltando ao "Amor em Minúsculas", o livro conta a história do Samuel ele tem sua vida totalmente modificada após aparecer por acaso em sua casa um gatinho que após ser adotado recebeu o nome de Mishima, após esse episódio, que dá um sopro de vida na existência do Samuel desencadeando um série de acontecimento, ele começa a valorizar todos os pequenos acontecimentos do acaso no seu cotidiano, considerando que todos eles podem potencialmente modificar sua vida, são pequenos momentos de amor em minúscula, o livro tem uma narrativa fácil e você vai acompanhando o protagonista com um frio na barriga durante sua descoberta de  um mundo desconhecido e vai descobrindo cheiros, cores e sons.

Então os sons... era exatamente nesse ponto que eu queria chegar, particularmente não sou conhecedora de música, Miralles em seus dois livros tem o talento de transportar o leitor para um ambiente de charme, encanto e de provocar no leitor o  desejo quase incontrolável de ouvir os sons das canções que seus personagens citam, foi assim que eu me vi numa madrugada qualquer ouvindo Miles Davis e John Coltrane e descobrindo um mundo repleto de sensações que o jazz provoca, numa tentativa de sentir o que a personagem sentia, de participar da história, me transportar e vivenciar o enredo muito além da experiência de uma mera leitora.

Poucos autores fizeram eu me sentir assim, outro que me provoca essas emoções é o latino, Gabriel Garcia Marques, citando em sua obra Carlos Gardel , Johann Sebastian Bach e Brahms (Sonata número 1 para violino e piano, na versão de dom Pablo Casais), em "Memórias de Minhas Putas Tristes". Tivemos a oportunidade de ouvir um pouco dessa maravilha em um dos encontros do clube.

Além da viagem musical os livros de Miralles te instiga a conhecer outros mundos literários como Hermann Hesse, Goethe dentre outros citados em sua obra, que você fatalmente vai querer conhecer.

Ficou implícito que me encantei pelo autor, o meu amor pelas letras e minha recém descoberta paixão pela música. Vale a pena experimentar! Leiam mais, ouçam mais músicas, aprendam sempre e envolva-se com o que você acredita e o que te faz feliz ! Até o próximo encontro!

Leiliane Abreu

=)

De onde vem?

Não sei de onde vem a energia boa que não deixa o clube do livro cair... não sei se esse nosso envolvimento é coisa de mineiro, sô... mas sei que é bão demais da conta, uai!

No nosso último encontro - pic nic na praça da Liberdade - eu cheguei beeeem mais tarde, depois de passar mal, expulsando tudo que ousasse estar no meu tubo digestivo. Fiquei numa inquietação em casa, mesmo com as poucas forças que me restavam. Porque apesar da minha ausência, as meninas estavam lá, se envolvendo, e meu pensamento, também.

Juntei minhas partes com um carinho especial e consegui aparecer por lá, não por inteiro embora satisfeita por não ter faltado. Agora comecei a sentir que o clube tem a cara do filme "O clube de leitura de Jane Austen". Eu precisava acreditar mais na proposta e ali estavam elas sentadas na praça, com suquinho, docinhos, sorrisos e muitas histórias e vozes. Eu não poderia ter escolhido nome melhor pro blog, que tem muito pouco de meu.

Obrigada, meninas!

Mãe e Filha

"A experiência é um ótimo professor, não perca suas aulas."

Começar a dar aula na Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi o grande desafio deste ano. Estar prestes a concluir a licenciatura em Ciências Biológicas não me garantia, até então, qualquer segurança para a docência. De uma maneira ou de outra, a graduação e as aulas da FAE (Faculdade de Educação) contribuíram para confirmar que a experiência docente só se constrói na prática constante, na discussão com uma boa equipe de trabalho e na nossa própria capacidade auto-avaliativa (será que funciona?).

Comecei a me envolver com o Projeto de Ensino Fundamental - 2º segmento no segundo semestre do ano passado. Ele acontece no Centro Pedagógico da UFMG (CP). Já me encantei com o projeto no período de estágio curricular (obrigatório). Fiquei sabendo da seleção de novos professores-aprendizes, fiz a prova, fiquei nervosa com a entrevista e passei!. 

Era a hora de me virar para ensinar alguma coisa sobre a origem do universo, para uma turma que eu mal conhecia. Tenho precisado de muita leitura e muita criatividade para preparar cada nova aula, cada novo tema. Por sorte, tenho tido a orientação de pessoas fantásticas durante o processo, porque, infelizmente, não é todo professor que tem a chance de iniciar a docência em um colégio de aplicação, como o CP.

O título deste texto, contudo, envolve um assunto bem especial: a Educação de Jovens e Adultos. Sabemos que este trabalho sofre preconceito em nossa sociedade e que tem muita gente dizendo por aí que "velho não aprende" ou que "o investimento deveria ser direcionado somente às crianças". Quanta bobagem Batman! O professor e grande responsável pelo início do projeto na UFMG, Leôncio Soares, diz mesmo que estes são sujeitos invisíveis do nosso dia a dia. Talvez, também, porque apenas os atores do projeto sejam capazes de perceber diretamente as mudanças e os resultados da aprendizagem dos meus meninos. Meus meninos sim, pois me sinto participante da formação deles, me preocupo com as faltas e as dificuldades de cada um, fico contente com o desenvolvimento da turma. Percebo que ser professora é ser um pouco mãe de cada um deles. 

O que diferencia, porém, o trabalho com crianças daquele com jovens e adultos é o momento em que passo a ser filha, aquela hora em que aprendo com as experiências de vida deles, em que eles apontam a minha juventude, mas se dispõem a contribuir para a minha formação. Isso também acontece com crianças, apesar de ser um pouco mais sutil.

Tenho sido muito feliz neste processo, mesmo quando a aula não dá certo ou quando a interação não acontece como eu planejava. É muito bonito o respeito que eles depositam na gente e o nosso, meu, da equipe de professores e da própria coordenação, para com todos e cada um deles. Enquanto muita gente sofre e reclama da educação no país/Estado, tenho vivido um sonho de experiência docente. Assim, ganho motivação para seguir este trajeto e a esperança de que alguma coisa, nesse mundão nosso, pode ser diferente!

Entre Impressões

Gosto muito da participação e das opniões dos meus envolvidos em cada sorteio que passa. Neste, que foi "histórico", eu também gostaria de poder ser democrática e entregar um livro do Darcy Ribeiro para cada um. Como as coisas não funcionam bem assim, "O Povo Brasileiro" vai para as mãos do sortudo e politizado Evandro. Continuarei postando o print screen do programa:

Ainda estou em cima do muro quanto a ler ou não os "Laurentino Gomes". De todo modo, seria um bom incentivo para voltar a contar minhas páginas. Fiquei meio de saco-cheio da minha contagem.

Apareçam no próximo dia 30!