domingo, 22 de abril de 2012

Sorteio Histórico

1º de abril, Dia do Índio, Tiradentes...

Eu pretendia sortear este mês, juntamente com a Livraria D'Plácido, nossa patrocinadora querida, um livro aparentemente histórico: 1808, de Laurentino Gomes. Mas fiquei com algum receio depois de ouvir a crítica de um amigo e professor de História e ler esta daqui também.

Cheguei a ler Maíra, do Darcy Ribeiro, para o vestibular e lembro que gostei muito. Na faculdade, assistimos ao vídeo "O povo brasileiro", baseado em livro do mesmo autor. Darcy Ribeiro (Montes Claros26 de outubro de 1922 — Brasília17 de fevereiro de 1997) foi um antropólogoescritor e político brasileiro conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país.

Por que o Brasil ainda não deu certo? Quando chegou ao exílio no Uruguai, em abril de 1964, Darcy Ribeiro queria responder a essa pergunta na forma de um livro-painel sobre a formação do povo brasileiro e sobre as configurações que ele foi tomando ao longo dos séculos. A resposta veio com este que é o seu livro mais ambicioso, fruto de trinta anos de estudo - uma tentativa de tornar compreensível, por meio de uma explanação histórico-antropológica, como os brasileiros se vieram fazendo a si mesmos para serem o que hoje somos. Uma nova Roma, lavada em sangue negro e sangue índio, destinada a criar uma esplêndida civilização, mestiça e tropical.

Para participar de mais um sorteio do dia 30, portanto, peço que vocês debatam sobre sortear ou não sortear (ler ou não ler), dar de presente ou não, os livros de Laurentino Gomes: 1808 e 1822. Procurem defender suas posições com argumentos consistentes! Eu ainda não quero sortear antes de lê-los. Também fiquei com preguicinha de ler. Por isso, peço a ajuda e a opinião de vocês, meus queridos envolvidos!

Pra quem não ganhar o livro, deixo uma parte do vídeo só pra dar um gostinho... Acho que tem ele todo no Youtube.


Boa sorte a todos!
Beijos

8 comentários:

  1. Pri, honestamente nunca ouvi falar dos dois livros (que vergonha...). Você podia deixar, ao menos nos comentários, a crítica que seu amigo fez ao mesmo.

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    1. Ôh, Syl! Tem uma crítica em link, quando você clicar no "daqui" do texto (lá em cima). Agora ele tá vermelhinho e mais fácil de ver. Vou ver se o Alexandre comenta aqui pra gente também...

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  2. Pri, comprei um deles, mas ainda não li. Vou ver a crítica e tentar debater, o que acho meio difícil, sem conhecer a obra =(

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  3. Pessoal, já estou considerando os corajosos que vieram comentar, como participantes do sorteio. Sei que peguei pesado desta vez, mas ainda gostaria de ver as opiniões de vocês aqui.

    Não se sintam acanhados!

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  4. Bom Priplim, para início de conversa não acho que tenha pegado pesado não, faz muito tempo que você não nos incita a pensar tão profundamente.
    Confesso que nunca li nem trechos do livro mas após ler as críticas do seu amigo tenho muita coisa a dizer, para facilitar vamos em tópicos (didática kkkkk):

    *Para mim, como futura professora, toda forma de leitura é válida. Claro que o leitor em questão deve se informar sobre quem é o autor e sobre o que aquele livro está tratando (ficção ou fatos reais). Concordo com o André quando ele diz que o livro foi "montado" para a venda, mas vamos lá galera, qual autor não o faz??? Resta ao leitor ser crítico e avaliar o que deseja absorver.

    *Este não será o primeiro nem o último livro a sofrer este tipo de críticas. Lembram-se de quando "O código Da Vinci" foi lançado? O autor foi duramente criticado (principalmente pela igreja, mas esse não é o nosso caso né gente? rsrsr). Ou então quando eu (criança ainda, volto a informar kkkk) lia Paulo Coelho e minha família falava que eu iria acabar bruxa ou maconheira (não sou nem um nem outro, to limpa galera kkkkkkk), isso não aconteceu...

    Bom galera vou sintetizar minha ideia em poucas frases:"A gente é o que a gente come, mas o que a gente lê pode ser filtrado, selecionado e, se necessário, descartado. Não vou deixar de ler porque disseram que é ruim... vou ler para poder avaliar se realmente o é"

    Sem mais delongas espero ter sido entendida rsrsrsrs... (gente é só minha opinião, para qualquer crucificação entre em contato com a Pri kkkkkkk...

    PS: mesmo que o livro não vá a sorteio estou curiosíssima para lê-lo, aguardo presentes rsrsrsrsrs

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  5. Pri, acredito que para aprimorarmos nossa própria consciência a respeito daquilo que lemos é preciso, sempre que possivel, construirmos nossa critica pessoal sobre um livro, ou um texto. Se algo está posto para atender interesses mercadologicos, ou mesmo daqueles que detem o poder, é um importante acrescimo conhece-lo para que compreendamos o entendimento dos que não conseguem ter a leitura critica da obra. Quem sabe assim, haja base mais forte para dar um novo olhar a estes ultimos! (mas oh, não li o livro, mas tá agora na minha lista de futuras leituras)

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  6. Bom, vamos lá: Embora eu concorde com a Polly quando ela diz que o que lemos pode ser filtrado, não sei se concordo totalmente com "toda leitura é válida". Quando somos jovens e estamos na fase de adquirir o gosto pela leitura, até acho que isso seja mesmo verdadeiro (toda leitura é válida); mas depois de um certo tempo não acho que isso seja mais tão verdadeiro.

    Por exemplo, Paulo Coelho. Me perdoem os que gostam, mas eu considero a leitura de Paulo Coelho uma perda de tempo. Quando eu tinha cerca de 19, 20 anos, li um livro e detestei, li outro e detestei também, e pra desencargo de consciência li mais um. Na época não entendi exatamente o que me incomodou, mas depois de um tempo "absorvendo" a experiência eu compreendi: Paulo Coelho é muito cheio de "ensinamentos de Facebook". Frases de efeito ruins, pseudo ensinamentos, erros crassos de concordância (sim, amigos; eu vi vários), uma afetação horrorosa (uso de palavras e expressões "cultas" mal colocadas, ou então claramente com a intenção de fazer o texto parecer mais culto do que é de verdade).

    Disse tudo isto pra explicar porque eu não leria 1808: Para mim, seria perda de tempo. Por tudo que li e ouvi a respeito do mesmo, se o livro desde o começo se propusesse a ser puro entretenimento, talvez eu não me importasse tanto em lê-lo; mas não é o caso. Como não li o livro, só posso me embasar nas críticas que li e nas opiniões de amigos que o leram, e por tudo isso concluí que seja um livro que apenas reforça e trata como verdadeiras algumas idéias e opiniões do senso comum (nada que já não tenhamos visto na escola). E em um país como o nosso, onde a maioria já tem alguma dificuldade em "filtrar" as informações às quais tem acesso, mais um best seller recheado de equívocos históricos não me parece bem vindo.

    Alguém disse em algum lugar que, graças ao livro, as pessoas procuraram saber sobre história do Brasil. Bom, um livro que usa wikipedia como fonte bibliográfica, não precisa de maiores comentários, né? Vai logo pro Google de uma vez; é mais barato e você já está preparado pra "filtrar" as informações - reação essa que nem sempre acontece quando lemos um livro, muito menos best seller ou livro premiado pela ABL (mas né, ABL que tem Paulo Coelho, José Sarney e que dá medalha por Ronaldinho Gaúcho pelos serviços prestados pelos brasileiros não dá pra levar muito a sério, né?).

    Pronto. Não me joguem pedras, hahahahah.

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  7. eu admiro Darcy Ribeiro, eu já li Povo Brasileiro, e é interessante como os fatos históricos são colocados de maneira fluente e verdadeira.

    Laurentino Gomes: 1808 e 1822, nunca li, mas gosto mesmo de literatura histórica quando se trata de nosso país e da construção da cultura nacional. Ás vezes por mais preguiça que possa dar a leitura, tem claro livros muito mais lights para se ler.

    Sortear sim, claro, quem tiver sorte leva.

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