segunda-feira, 9 de maio de 2011

Leeeia 30 páginas... Leeeeeia 30 páginas...


Claro que não é tão atrativo quanto o chocolate hipnotizante, mais conhecido como Batom. Eu sei, eu sei. Às vezes dá preguiça mesmo, às vezes é falta de disciplina e dedicação também. Estou quase completando 1 ano de blog, com quase 50% de débito. Não sei se sirvo de exemplo pra alguém, não sei qual o alcance do blog, não sei o que pensar dos meus resultados. Pretendo continuar acreditando na minha meta... e, por favor, preciso de incentivo!

Um estímulo pode ser, por exemplo, esse texto que pego emprestado do blog do Professor Antônio Machado:

Leitura: obrigação ou prazer?

"A coisa só vai mudar mesmo, na prática, ano que vem. Mas já se pode dizer que o currículo das escolas inglesas passa hoje por uma grande revisão, especialmente no que toca ao ensino da língua.

É que o governo da Inglaterra está com os olhos voltados para o que as crianças andam lendo na escola. Na verdade, preocupa-se com o que os alunos estão deixando de ler nos primeiros anos de ensino formal.

O ministro da Educação inglês, Michael Gove, é quem lidera a revolução que está para acontecer. Ele, que se diz tradicional quando o assunto é ensino, acredita que as escolas afrouxaram o aprendizado e dá como exemplo os alunos de segundo grau, que leem cerca de dois romances por ano. Segundo Gove, o ideal era que fossem 50 livros, pelo menos.

Por isso, o Ministério da Educação quer implementar uma lista de leitura obrigatória, de livros e autores, para crianças entre 5 e 11 anos. O problema seria, então, corrigido ou evitado ainda no primeiro grau.

Vocês não imaginam o debate que a ideia está gerando no país. E olha que a medida ainda nem saiu do papel. Enquanto autores de livros infantis se pronunciam, e dizem que professores têm de ter a liberdade de indicar as obras que mais se adequam ao perfil de seus alunos, especialistas em educação afirmam que a medida vai fazer com que os alunos passem a detestar ler.

“Esse Michael Gove é um totalitário, um ditador da leitura!”, exageram.

Quase que inevitavelmente, a história me faz lembrar de outro ditador do ramo, só que brasileiro, um professor da Universidade de Brasília.

“Ditador” e “louco” eram provavelmente os adjetivos mais sutis dados pelos alunos a Gilson Sobral, do Departamento de Letras, um professor igualmente adorado e odiado pelos universitários. A semelhança entre Sobral e Gove? Uma infame lista de obras imposta aos alunos.

A ideia de Sobral era simples: apresentar aos jovens uma relação de clássicos da Literatura e obrigá-los a ler um por semana. Para certificar-se do cumprimento da tarefa, elaborava provas extremamente específicas, aplicadas todas as segundas-feiras. Não dava para enganar o ditador. Quem trocasse os livros por resumos tirados da Internet não conseguia fazer a prova. Era reprovação na certa.

Foi assim que eu, aos 18 anos, fui apresentada a Cervantes, Dante Alighieri, Platão, Camões, entre tantos outros gigantes da literatura mundial. Sobral foi o meu primeiro professor na UnB, e o mais importante deles.

Pode ser que eu tenha tendências totalitárias. Afinal de contas, apliquei o método “sobraliano” a meus alunos de literatura no segundo grau, à época em que me aventurei pelo magistério…

Testemunhei os protestos enfrentados por Sobral no Brasil. Já para Gove a situação é ainda mais difícil, pois sua sala de aula é infinitamente maior, um país inteiro. A eles, defensores da imposição de que os jovens devem ler os clássicos, opõem-se os que dizem não haver nada mais favorável à literatura… do que o prazer de ler, a deliciosa experiência de devorar um bom livro. O ideal, penso, é o meio termo entre as duas convicções. Belo desafio para os professores, de quem já fui colega um dia…"


Mariana Caminha é formada em Letras pela UnB e em jornalismo pelo UniCEUB. Fez mestrado em Televisão na Nottingham Trent University, Inglaterra.

Outro, que não estimula, mas faz graça é esse aqui:


Retirado daqui.

4 comentários:

  1. Não sei se gosto da obrigação de crianças lerem clássicos. Acho que o gosto pela leitura se dará a partir do momento que a criança tiver prazer em ler, mas esse prazer (acredito eu) pode ser conquistado pelas ciranças lendo bons livros voltados pra faixa etária dela. Se a criança gosta de ler Ruth Rocha, quando for adolescente vai procurar outra leitura mais "adequada" à sua realidade e assim vai pra toda vida. Eu acho, rs.

    ResponderExcluir
  2. para aqueles que quiserem me crucificar podem ficar a vontade mas o primeiro estilo literário (se é que se pode chamar assim) pelo qual me interessei foi Paulo Coelho. Bom, eu tinha que começar com alguma coisa então peguem leve nas críticas. Mas foi apartir disso que me interessei pelos clássicos. Começar uma vida letirária com clássicos é pauleira nao sei se as crianças concordam. E afinal alguem perguntou para elas, as maiores interessadas, o que elas preferem. Criança também tem opinião e deve ser ouvida.

    ResponderExcluir
  3. Bem eu concordo que impor nunca é legal, mas eu por exemplo lembro que o primeiro livro que eu li inteirinho, rsrsrs, foi A Pata da Gazela de José de Alencar, por indicação (obrigação) da minha professora da quarta série. Depois dele nunca mais parei... sempre leio, algumas epocas mais outras menos, mas a influência dela sempre esteve presente.

    ResponderExcluir
  4. Bom acho que devemos orientar e enfluenciar todas as criancas a lerem. Mas existem livros adequados para cada fase e isso deve ser respeitado. Acho que assim desenvolveremos nas criancas o gosto pela leitura.

    ResponderExcluir