
Ontem foi o dia do fim... um fim não desejado, mas inevitável. Porque alguns amores fazem "os beijos virarem boca a boca" e passamos a viver o outro muito mais do que a gente mesmo. Como define bem Martha Medeiros, amar é "ter uma intimidade milagrosa com a alma de alguém, com o corpo de alguém, e abrir-se para essa mesma pessoa de um jeito que não se conseguiria jamais abrir para si mesmo, porque só o outro é que tem a chave desse cofre". Aí o amor vira uma subversão.
Então, no livro da Martha Medeiros -
Fora de mim, um pedido da Dani depois do sorteio, encontrei esse trecho muito adequado ao momento:
#
"É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes. É uma morte experimental: um ensaio para você saber o que significa a morte ainda estando vivo, já que quando morrermos de fato, não saberemos." #
Já até pedi desculpas pra Dani por ter lido o livro antes de entregar pra ela. Não resisti e fiquei fã de Martha Medeiros. Foi ela também quem escreveu Divã, adaptado para o cinema. Gostei do livro, gostei do filme e recomendo! Faz a gente reconhecer que o amor tem a mesma essência, só muda de endereço. Ao mesmo tempo, não nos deixa desistir do beijo inédito, do número novo salvo na agenda, de um olhar diferente, um encaixe, uma conversa.
Meu coração agora é todo meu, até que mais uma vez eu me encontre
Fora de mim.
Quem escreve sobre a separação também é a
Berê de Berenice, confere lá!